• Investigações na Câmara podem levar a novas prisões

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  • 09/03/2017 08:50

    O Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro (MPE-RJ), a Polícia Civil (7º DPA) e o Judiciário formam o grupo de investigação do grande esquema de corrupção que começou a ser desmontado esta semana em Petrópolis, com o prisão do ex-vereador Osvaldo do Vale (o Vadinho) e três de seus assessores – Marcos Antônio Felix da Silva (Marquinho), Angela Regina Borsato dos Santos e Jaqueline Batista de Jesus. De acordo com o grupo, novas mandatos de prisão devem ser cumpridos e as investigações abrangem diversas autoridades petropolitanas, com ou sem mandato.

    Segundo o grupo, as investigações estão bem adiantadas e que a cada momento surgem novos nomes. "Foi montada uma força tarefa para derrubar este esquema. A ação é irreversível e sem freio. E a sociedade petropolitana pode ter certeza que essas não foram as únicas prisões", ressaltou um integrante das investigações. 

    A intenção do grupo é promover uma "Lava Jato" em Petrópolis, o que segundo eles "será a maior faxina ética que a cidade já viu". Ainda de acordo o grupo, os policiais envolvidos nas investigações foram selecionados especialmente para atuarem nesses casos e são "incorruptíveis".

    Vadinho foi preso na última terça-feira (7), em sua casa no distrito de Pedro do Rio. Ele e os assessores são suspeitos de crimes como peculato, concussão e associação criminosa. A pena, se somada todos os crimes, pode chegar a 24 anos de prisão. Além disso o ex-vereador pode perder os direitos políticos, uma vez que pode ser enquadrado na Lei da Ficha Limpa.

    A prisão de Vadinho é temporária de cinco dias, podendo ser prorrogada por mais cinco. Neste tempo os policiais irão concluir as investigações. A polícia também apreendeu documentos e computadores no gabinete do ex-vereador, também em Pedro do Rio. Todo esse material está sendo periciado.

    O esquema de corrupção começou a ser investigado em setembro do ano passado, quando ex-assessoras de Vadinho denunciaram ao Ministério Público Estadual a prática de extorsão, quando o ex-vereador exigia que os assessores devolvessem parte do salário. Além disso, Vadinho também é suspeito de nomear funcionários fantasmas em seu gabinete. Ele nomeava os assessores que nunca iriam trabalhar e nem sequer apareciam na Câmara e quando recebiam, repassavam integralmente, os salários para o ex-vereador.

    Vadinho e Marcos Antônio Felix da Silva passaram na manhã de ontem (8) por exames de corpo delito e foram encaminhados para um presídio em Benfica. As duas mulheres, também fizeram o corpo delito e foram levadas para Bangu. 


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