• Investigações da Operação Cruzada tiveram início no primeiro semestre de 2018

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  • 12/08/2019 10:51

    As investigações que levaram à Operação Cruzada, deflagrada nessa terça-feira (13) começaram no primeiro semestre de 2018, quando houve aumento nos casos de homicídio, e apreensão de drogas no Bairro da Glória, em Corrêas, informou o delegado da 105ª Delegacia de Polícia (DP), Claudio Batista. Neste período, mais de 220 tiras e invólucros de maconha e 1.500 sacolés e papelotes de cocaína foram apreendidos na comunidade.

    Leia mais: Operação Cruzada prende sete pessoas e apreende um menor no Bairro da Glória

    “Tivemos quatro mortes na localidade, que etão relacionadas com o tráfico de drogas. Identificamos que as facções estavam guerreando pelo território. A região virou um curral de matança em função do tráfico”, comentou o delegado. “Foram meses de investigações ouvindo testemunhas, prisões, quebra do sigilo telefônico e apreensões. Conseguimos identificar toda a quadrilha e a função de cada um deles”, explicou Claudio Batista.

    Entre as conversas interceptadas estão conversas entre os líderes da quadrilha, sendo um deles realizadas de dentro da penitenciária. “São trechos onde ficou claro a compra e encomenda de drogas. Eles combinam valores e também os locais onde o material será entregue”, disse o delegado da 105ª DP. 

    A quadrilha comprava a droga em comunidades do Rio de Janeiro. Um dos telefones interceptados pela polícia, ficava com o responsável por transportar o entorpecente, que comunicava as rotas mais seguras que deveriam ser usadas, além de tomar conhecimento sobre a presença de policiais nas estradas e rodovias. O telefone também era usado para a troca de informações sobre o local para onde a droga deveria ser deixada.

    As gravações também revelaram que havia uma disputa interna e que um dos integrantes estava sendo ameaçado de morte. “Um dos vapores estava comercializando o entorpecente na Estrada Mineira, o que estava proibido pelo chefe da quadrilha. Ele ainda ordena uma punição para quem descumprir as suas ordens”, contou o delegado.

    Um dos vapores (responsáveis pela venda da droga ao consumidor final) da quadrilha chegou a ser preso em março deste ano por policiais militares por tráfico de drogas. Na ação, ele ofereceu R$ 10 mil para os PMs para não ser detido. Ele foi encaminhado para a delegacia onde foi autuado em flagrante.

     

     

     

     

     

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