• Instituto Civis critica projetos para casarão da Ipiranga

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  • 18/02/2019 16:21

    A tentativa de transformar em comércio ou mercado o casarão que fica na esquina da Avenida Ipiranga com a Rua 13 de Maio, no Centro, volta a ser discutida por órgãos e institutos de conservação de bens tomados do município. Conforme publicado pela Tribuna de Petrópolis, foi protocolado no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), na última semana, um projeto para que o imóvel abrigue um novo empreendimento comercial. A notícia, no entanto, traz à tona a mesma preocupação de 10 anos atrás, quando um projeto semelhante foi apresentado no órgão.

    O presidente do Instituto Civis, Mauro Correa, lembra bem as questões que foram levantadas no passado e a inviabilidade de instalar no casarão um empreendimento do porte de um mercado. Para ele, com o mesmo cenário de dez anos atrás, e que hoje pode ser considerado “ainda pior”, é inviável a instalação de um mercado centralizado em uma área tombada. 

    O Iphan informou que o projeto ainda está em análise e que não há prazo para o término desse processo. “Sugiro que seja revisto, nos arquivos do Iphan, o desfecho desta mesma solicitação, feita em 2008. É inviável a instalação de um mercado naquele imóvel, o impacto no entorno será enorme”, disse. Para Mauro, por causa do problema crônico do tráfego nas ruas onde o imóvel está localizado, um mercado ali só traria mais problemas. “Qualquer plano viário que se faça na Avenida Ipiranga ou na Rua 13 de Maio não vai resolver, porque nessas ruas temos problemas que já são bem antigos. Como a quantidade de escolas que hoje funcionam na Ipiranga, por exemplo”, destacou.

    Em 2008, quando ocupava o cargo de vereador, o Prefeito Bernardo Rossi aprovou na Câmara Muncipal uma moção de repúdio contra o Iphan, que tinha aprovado o projeto de instalação do mercado no local. O Deputado Federal Hugo Leal, na ocasião, também foi contra a medida e chegou a se reunir com representantes do Instituto para buscar uma solução. 

    “Na época, depois de várias intervenções e pedidos, o então presidente do Iphan que tinha dito que a decisão de aprovação era irreversível, constatou que seria inviável a execução do projeto. Agora, dez anos depois, voltamos para a mesma situação”, lamentou o presidente do Instituto Civis. 

    De acordo com a prefeitura, não há nenhum projeto sendo analisado para o casarão referente à sua utilização.

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