• Insegurança: desrespeito às faixas de pedestres coloca a população em risco

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  • 11/05/2016 08:43

    O convívio entre motoristas e pedestres depende que as leis de trânsito sejam respeitadas.Contudo, como respeitar uma lei sem o conhecimento desta? O que se vê no dia adia do petropolitano é que muitos cidadãos desconhecem seus direitos e deveres no trânsito. Faixas mal instaladas e desrespeito de motoristas elevam os riscos de acidentes e atropelamentos.

    A arquiteta Maria Isabel Neves, de 62 anos, quase foi atropelada na Rua Barão do Amazonas, quando atravessava na faixa de pedestres. Quando o carro passou, a motorista ainda gritou, perguntando se ela “queria morrer atropelada”.Segundo o artigo 70 do Código de Trânsito Brasileiro,parágrafo único, quando não há sinalização com semáforo,a preferência é do pedestre.“Para você ver, ela não tinha nem consciência de que era ela quem estava errada”, relatou Maria Isabel. “Eu acho que as pessoas que dirigem nem sabem que o direito é do pedestre.Deveria haver algum tipo de conscientização.”

    Não é raro também que,diante das faixas, alguns carros parem e outros não, deixando os transeuntes perdidos,sem saber se atravessam.A acompanhante de idosos, Sra. Rodrigues, diz que, nas raras vezes que sai com a paciente, tem que ficar muito atenta na hora de atravessar,certificando-se bem de que todos os carros realmente pararam na faixa: “Eles não respeitam e a gente tem medo”.Ela ainda contou sobre o caso de uma amiga fisioterapeuta que, não faz muito tempo, foi atropelada enquanto atravessava em uma faixa. Relatos como esse são comuns entre os petropolitanos.

    Coincidência  ou não -mas, com certeza, oportuno -,o foco principal da campanha internacional de trânsito que acontece esse mês em Petrópolis,Maio Amarelo, é a conscientização de crianças e adolescentes. As escolas foram convidadas a participar da iniciativa, propondo aos alunos atividades sobre o assunto. Além disso, a disciplina escolar que traz o tema“Educação para o Trânsito”,História, Geografia e Trânsito de Petrópolis (HGTP),que é dada na rede municipal de ensino, foi reformulada e atualizada em 2015 para que o conteúdo programático fosse adequado às necessidades dos estudantes.

    Ademais, a cidade sofre devido a alguns pontos com falhas de engenharia de trânsito.A região próxima à Praça Duque de Caxias, mais conhecida como Praça do Skate, e o Terminal Rodoviário, entre a Rua Souza Franco e a Rua Doutor Porciúncula, é um trecho crítico de movimento de veículos e pessoas, que envolve sete faixas de pedestres e uma entrada de terminal que força os ônibus a pegar um trecho contramão. “É umaconfusão sem fim. Você fica completamente perdido, sem saber nem para onde olhar."  

    Vêm carros de todos os lados.Para piorar a situação, ainda há ônibus que passam pelo sentido contrário da via, na Dr.Porciúncula, por exemplo”,comentou uma pedestre que optou por não ser identificada.

    Questionada sobre o problema,a Companhia Petropolitana de Trânsito e Transportes (CPTrans) informou, por meio de nota, que “a equipe técnica já tem projeto para intervenções na Rua Dr. Porciúncula,que tem como objetivo melhorara fluidez no trânsito e garantir mais segurança para motoristas e pedestres”. Em relação à Souza Franco, a companhia garante que “avalia permanentemente o trecho como objetivo de monitorar o fluxo de veículos e propor alternativas que melhorem a fluidez no trânsito e garantam mais segurança aos pedestres”.

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