• Infeliz criminalidade hedionda

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  • 11/03/2016 12:00

    Sem pieguices – que não compunham Frei Moser – o lamento pelo trágico acontecimento policial que ceifou a vida do guerreiro.

    Sempre do seu feitio direto de ser e agir, olhos nos olhos, Frei Moser conseguia a unanimidade do reconhecimento petropolitano. Não mandava recados e agia sob conscientes propósitos de atendimento a todos, mesmo contra as barreiras deitadas em seu caminho resoluto. De pulso firme e sincero, capacidade de visão à frente, modelo de comandante, rompia os espinhosos campos de traiçoeiras rosas, para a vida de entrega ao próximo, edificando catedrais de amor, ajuda, amparo, enfim, missão de verdadeiro cristão.

    Sabedoria não lhe faltava, conteúdos teóricos e práticos embalavam suas ações, prevalecendo a sua máxima de conferir atribuições e responsabilidades aos comandados para a fruição dos resultados colimados.

    Como Frei Moser administrava seu tempo é mistério, parte com ele, pois sua onipresença extraordinária em todos os sítios que edificou, parecia a muitos que possuía réplicas, clones, imagens holográficas surgindo antes, durante e após as ações que protagonizava.

    Escritor e teólogo erudito, deixa uma soma admirável de livros e artigos publicados, de repercussão mundial e profundidade de doutrinas abertas à discussão e estudo para quantos amam a Teologia.

    Orador fluente, sob sotaque convenial, discorria sobre qualquer tema; mostrava-se atualizadíssimo sobre tudo o que o cercava, desde a completa noção de pesquisador em Teologia, até os acontecimentos do dia a dia em todas as suas implicações e vertentes. Sua palavra era direta, incisiva, de conteúdo, deitada aos auditórios com simplicidade e sem os rebuscamentos eruditos que povoam alguns mestres da oratória.

    Este vazio deixado por criminosos vagabundos, bandidos medíocres, é imenso. Estes inconsequentes criminosos não possuem qualquer prurido de remorso porque a política que os rege mantém a todos sem educação, sem perspectiva de viver, sem dignidade pessoal ou comunitária. Não vivem, vegetam na pátria educadora, esta mentira mantida na rubrica cretina dos políticos de plantão.

    E, inconsequentes, sem valores, atingiram a alma cristã de magnífico cidadão, ao qual não conferiram mais tempo para ajudá-los a percorrerem a vida com dignidade.

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