• Inea devolve à natureza preguiça ameaçada de extinção

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  • 02/12/2020 09:38

    A equipe do Parque Estadual do Desengano (PED), administrado pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea), órgão vinculado à Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade, realizou a soltura de uma preguiça-de-coleira (Bradypus torquatus Ill) resgatada por um morador da região e condutor de visitantes da unidade de conservação. O animal endêmico da Mata Atlântica, que figura entre os dez mais ameaçados de extinção no Estado, estava perdido na beira de uma estrada na Zona Rural de Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense. A ação aconteceu na segunda-feira (30).

    O animal é um macho de grande porte e foi libertado em um fragmento de floresta na zona de amortecimento da unidade de conservação. A área escolhida é próximo do local de resgate, estratégia fundamental para que que a readaptação ocorra com sucesso. 

    O gestor do parque, Carlos Dário, conta que o condutor de visitantes, assim que encontrou a preguiça-de-coleira em situação de risco, acionou a equipe do parque.

    “O Rafael Guimarães, além de morador da região, é um dos nossos condutores treinados e credenciados pelo parque. Este resgate é um excelente resultado de nosso trabalho de aproximação e valorização da mão de obra local”, disse Dário.

    A Bradypus torquatus Ill é uma preguiça-de-três-dedos, endêmica na Mata Atlântica, que ocorre principalmente nos estados da Bahia, Espírito Santo e Rio de Janeiro. Ameaçada de extinção, mede entre 45 a 75 cm de comprimento, pesa até 10 kg e tem pelagem castanha e nuca com longos pelos negros, formando uma espécie de crina. Além da caça, a fragmentação do hábitat devido à extração de madeira, à produção de carvão e à ocupação urbana é uma das causas do risco de extinção da espécie. 

    Sobre o parque

    O Parque Estadual do Desengano, a mais antiga unidade de conservação estadual do Rio de Janeiro, completou este ano meio século de criação. Localizada no Norte Fluminense, abrangendo partes dos municípios de Santa Maria Madalena, São Fidélis e Campos dos Goytacazes, a unidade totaliza 22.400 hectares de área de Mata Atlântica que abrigam 82 espécies de mamíferos, 494 espécies de aves, 56 de répteis, 73 de anfíbios e mais de mil tipos de flora.

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