• Idosa doente vive em situação precária e precisa de ajuda para ter onde morar

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  • 26/01/2016 12:00

    As chuvas que atingiram a cidade na semana passada deixaram centenas de desalojados. De acordo com a Secretaria de Proteção e Defesa Civil, até sábado eram 181 famílias – 606 pessoas. Ao todo, foram 161 imóveis interditados. Entre eles o de Maria do Carmo Barbosa, de 63 anos, moradora da Rua Manoel Borges de Freitas, do bairro Duarte da Silveira. Na semana passada, uma barreira, que estava escorada em pneus, caiu na frente da casa onde morava há quatro anos. Socorrida pelos vizinhos, foi levada para a casa da filha em um primeiro momento. Em seguida, foi para outra residência, alugada pela igreja, onde poderá ficar por apenas dois meses. 

    Com problemas de pressão alta, ela tem uma renda mensal de R$ 150,00. Dessa quantia, uma parte é do programa Bolsa Família, do Governo Federal, e a outra das latinhas que recolhe na rua e vende para a reciclagem. 

    Maria do Carmo contou que durante 25 anos trabalhou fazendo doces e salgados. Depois que ficou doente e teve um princípio de infarto, teve que parar de trabalhar. Atualmente, recolhe as latinhas na rua, geralmente nos fins de semana. As mãos mostram os calos e cicatrizes que adquiriu com a nova atividade. Como teve a casa interditada, não pôde voltar nem para pegar as roupas. “São poucas coisas que tenho, mas faz falta”, disse, acrescentando que não tem nem os eletrodomésticos básicos, como geladeira. 

    A casa onde viveu nos últimos quatro anos tem quatro cômodos: quarto, banheiro, sala e cozinha. Feita de pau a pique, era o lar de Maria do Carmo. “É muito ruim ficarmos sem a nossa casinha”, disse. Segundo ela, a Defesa Civil afirmou que o local está em risco e que o mais seguro é não entrar na casa, principalmente nesse momento que o solo ainda está instável. 

    Sobre os desalojados, a Secretaria de Trabalho, Assistência Social e Cidadania (Setrac) informou que, desde o dia 16, está realizando o cadastro social das famílias atingidas pelas chuvas, com o levantamento de dados socioeconômicos dos moradores. Está sendo verificado se a residência é própria, alugada ou cedida, entre outras informações. 

    De acordo com a prefeitura, os casos em que ficar configurada a necessidade de aluguel social, conforme previsto na legislação específica, serão encaminhados ao governo do estado para a inclusão das famílias no benefício. 


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