• Grupo folclórico Bergstadt estreia novo traje após 26 anos

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  • 27/06/2019 14:40

    Grupo folclórico mais antigo de Petrópolis, Bergstadt, estreia novo traje após 26 anos. Foram três anos de pesquisa até encontrarem a veste tradicional da região Sankt Märgen, na Alemanha.

    Foram três anos de pesquisa até encontrar os trajes de Sankt Märgen, um município da Alemanha, no distrito de Breisgau-Hochschwarzwald, estado de Baden-Württemberg. Rregião conhecida como Alta Floresta Negra. O grupo Bergsatd, que em português significa cidade das montanhas, foi até Gramado, no Rio Grande do Sul, onde realizou pesquisas na Casa da Juventude, um Centro Cultural Germânico que mantêm um acervo sobre a cultura do Império Germânico. “Foram anos de pesquisa, para a gente escolher um traje que fosse confortável, que desse para dançar, que fosse bonito e que fosse alemão”, contou a presidente da Associação dos Grupos Folclóricos Alemães de Petrópolis (AGFAP), Ísis Jader, integrante do Bergstadt.

    Foto: Divulgação

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    O antigo traje pertencia a região da Floresta da Boemia, que hoje pertence a República Checa, “queríamos um traje que ainda fizesse parte de uma região alemã. Por isso nós pesquisamos com muito cuidado para encontrar esse traje, porque além de ser bonito, as pessoas ainda usam ele no dia a dia em Sank Märgen”, conta o presidente do Bergstadt.

    “Nós somos o grupo mais antigo de Petrópolis, são 29 anos de grupo, e é muito caro fazer um traje, foram 26 com o mesmo, então como não temos uma verba, tivemos que dançar em vários eventos, usamos o dinheiro que arrecadamos nas barracas da Bauer, até que tivemos o valor necessário.”, conta Ísis.

    Foram nove meses para os 27 trajes, 12 masculinos e 15 femininos, ficarem prontos. Confeccionados por um especialista em trajes do Sul, com aventais importados e chapéus produzidos manualmente por um petropolitano, foram gastos 50 mil reais.

    “É bem comum confundirem o alemão com o germânico. A Alemanha quando os colonos vieram para cá, ainda não existia como um estado nacional, por isso o nosso grupo é grupo folclórico germânico, porque a gente adota danças e trajes de toda essa região, que inclui regiões da Polônia, República Checa, Suíça, França, Áustria, uma parte da Hungria e da Itália. Regiões que em algum um momento fizeram parte do Império Germânico”, explica o presidente.

    “A maioria dos trajes, até da Bauer, são austríacos, poloneses, e até franceses. Porque é muito difícil encontrar um traje bonito alemão. Nós até tínhamos outro em mente, mas ele não era funcional para dançar”, conta Ísis.

    São sete grupos folclóricos integrantes da AGFA Petrópolis. “A associação representa a voz dos dançarinos de folclore. O nosso grupo é responsável pela cadeira da presidência, mas cada grupo tem a sua gestão isolada e cada grupo é responsável por uma cadeira dentro da AGFA”, explica Ísis.

    Na Bauerfest os grupos folclóricos são responsáveis por quatro barracas, o Bergstadt está dividindo uma barraca com outros dois grupos em uma das barracas próximas ao muro da Bohemia.

    “Nosso objetivo é expressar a cultura através da dança, para que a festa não perca essa questão cultural. É por isso que não vamos para Itaipava, por exemplo. Não é uma festa de cerveja, mas uma festa que busca não esquecer as raízes, não esquecer aqueles que construíram Petrópolis”, contou Guilherme.



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