• Grifes lançam coleção com fins filantrópicos e beneficiam Instituto Refazer

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  • 26/11/2019 19:34

    Com 115 anos de história, completados em outubro deste ano, a empresa petropolitana Werner Tecidos, fundada por imigrantes alemães e gerida desde 1964 pela família Landau Remy, tem levado o nome da cidade para todo Brasil e também para o exterior. Desta vez, a empresa foi convidada pela cliente Roberta Damasceno, que é proprietária da multimarcas carioca Dona Coisa, para fazer parte do projeto Desejo, que envolve moda e solidariedade. Dez grifes criaram camisas com tecidos exclusivos 100% seda. O lucro adquirido com a venda dos produtos na loja será doado para o Natal de uma instituição filantrópica.

    O Instituto Refazer do RJ foi o escolhido para ser beneficiado. O projeto existe desde 1995, e atende crianças e adolescentes de baixa renda. O instituto trabalha junto com o Instituto Fernandes Figueira – IFF (FIOCRUZ/RJ), hospital referência em tratamento materno juvenil. Para uma das gestoras da Werner, Isadora Landau Remy, a empresa recebeu a proposta de fazer parte desse trabalho devido à responsabilidade social que possui.  

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    A matéria-prima escolhida para elaboração dos modelos é um tecido de chiffon de seda pura premium, escolhido pela qualidade e beleza. As peças ganharam as interpretações dos estilistas: Ana de Jour, Andrea Marques, Guto Carvalhoneto, Handred, Lenny Niemeyer, Marcelo Von Trapp, Marisa Ribeiro, Neriage, Nº Dez e Wasabi. Todos receberam 250 metros de tecido e ficaram encarregados de criar uma edição limitada de dez camisas com estampas do acervo da tecelagem. Eles tiveram acesso aos mais de cinco mil prints da Werner e receberam 25 metros para criar modelos.

    “Cada um escolheu um desenho do amplo acervo de cinco mil estampas da Werner e colocou a criatividade para acontecer. Justamente essa mistura de estilos reflete a diversidade cultural do nosso país, que faz parte da filosofia da Werner Tecidos e também da Roberta Damasceno. Além disso, o projeto proporcionou o encontro de profissionais consagrados que ficaram lado a lado com novos, o que é extramente interessante e enriquecedor”, destacou Isadora.

     

    Foto: Priscilla Haefeli

     

    Moda vive mudança de comportamento

    Ainda segundo Isadora, mais do que falar sobre tendência de moda, é preciso destacar a mudança de comportamento que o setor vive atualmente. “Cada vez mais observamos marcas e estilistas que se preocupam com o produto que estão comprando, como ele é feito e por quem é feito. Já começa a existir a valorização de um produto feito no Brasil, mas com responsabilidade ambiental e social. Como parte de um mundo mais sustentável, o fast fashion está sendo questionado e consequentemente surge uma maior valorização do slow fashion e da qualidade e durabilidade das roupas”, salientou.

    Outros pontos muito valorizados nas produções nos dias de hoje são a responsabilidade social, ambiental e de sustentabilidade. Na Werner, iniciativas que visam mitigar os impactos da produção já têm sido adotadas há anos. Entre elas estão a manutenção de mais de 100.000mts² de área verde; tratamento de efluentes; purificadores de gases; certificados Oekotex e Azo Free; caldeira para produção de vapor alimentada com biomassa certificada; entre outros.  

    Além disso, 100% da energia é proveniente de fontes renováveis como eólica e solar, que atuam em conjunto com a manutenção do programa permanente de redução de consumo e demanda de energia elétrica. Ações simples como a substituição de copos plásticos por copos e canecas sustentáveis também são adotadas. A empresa ainda possui o selo ABVTEX, que atesta as boas condições de trabalho dos funcionários.

    Os retalhos de tecidos e ourelas são doados ao programa Costurando com Amor, que atende mulheres em situação de vulnerabilidade social e vítimas de violência doméstica. Já as embalagens de palha trançada que envolvem as meadas de seda, são vendidas a uma fábrica de bolsas local e o dinheiro destinado à Associação Educativa São Charbel que acolhe crianças e adolescentes. Os papéis e plásticos de embalagens, assim como o material depositado nos pontos internos de coleta seletiva são entregues à Cooperativa Rainha do Céu. 

    “Temos essa consciência de responsabilidade há muito tempo. Mais do que nunca, vivemos a era do coletivo e das parcerias. O resultado foi do projeto Desejo foi excelente! As marcas convidadas entenderam o projeto e cada uma, de forma autoral e respeitando o próprio DNA, desenvolveu um modelo de camisa/chemise especial para o projeto. O resultado foi uma linda coleção de peças exclusivas e diversificadas”, avaliou Isadora.

    Foto: Priscilla Haefeli

     

    Sobre a Werner Tecidos

    A Werner foi fundada por imigrantes alemães em outubro de 1904 e comprada pelo grupo Peixoto de Castro em 1943. Já no final da década de 1950, ela foi fechada, e ficou assim até ser adquirida pela família Landau Remy em 1964, que permanece até hoje na gestão da companhia. Atualmente, a terceira geração da família trabalha lado a lado com a segunda geração. Especializada em tecidos diferenciados para a alta moda feminina, especialmente sedas, mistos de seda, acetatos e viscoses de alta qualidade, lisos e estampados, a empresa atende as principais marcas brasileiras. Em seu parque industrial, a Werner conta com uma estrutura verticalizada (tecelagem, tinturaria e estamparia convencional e digital). A Werner está localizada, desde a sua fundação, no bairro Bingen e conta com 25 mil mts² de área construída e aproximadamente 140 mil mts² de área total com muito verde.

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