• Greve de ônibus nesta segunda-feira paralisa cinco empresas no Rio

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  • 11/06/2018 13:10

    A greve de ônibus que começou na manhã desta segunda-feira (11) no Rio de Janeiro paralisou cinco empresas, com a adesão de cerca de 4,5 mil funcionários, divulgou o Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus do Rio de Janeiro (Sintraurb-Rio). Segundo o sindicato, o movimento será gradual e permitirá a circulação de 20% a 30% da frota.

    Os rodoviários pedem 10% de reajuste salarial após dois anos com os salários congelados. Segundo o sindicato, as empresas ofereceram 4%, sendo 2% em junho e 2% em novembro. "Isso soa como uma grande brincadeira e desrespeito com a categoria", disse Sebastião José, presidente do sindicato.

    Durante a greve, pontos de ônibus ficaram lotados em diversas áreas da cidade. As regiões mais afetadas foram as zonas norte e oeste. Morador de Bangu, Jonatas Quintão, de 25 anos, desistiu de ir para o trabalho na Barra da Tijuca depois de uma hora e meia no ponto de ônibus.

    Ele conta que, sem os coletivos, as pessoas tentavam embarcar em vans, mas os veículos de transporte alternativo já passavam lotados. Como ainda teria que embarcar em um BRT para chegar ao seu destino final, ele voltou para casa.

    "Perigava de eu chegar lá [na estação] e demorar ainda mais no BRT. E pensei na volta, porque se já estava ruim assim de manhã, imagina à noite?", disse o analista contábil, que faz faculdade à noite na Urca.

    A assistente administrativa Priscila Dantas, de 26 anos, também se deparou com um ponto de ônibus lotado na manhã de hoje. Normalmente, ela vai para Campo Grande, na zona oeste do Rio, de van, mas, com a greve, os veículos já passavam lotados e não era possível embarcar. A solução encontrada foi pegar um Uber, cuja viagem custou R$ 60. "Só consegui chegar às 9h no trabalho, porque tive que pegar um Uber. Não tinha condições de aguardar mais e o trânsito estava muito ruim também".

    A Rio Ônibus informou só recebeu a resposta oficial do Sintraturb, negando as propostas oferecidas, no fim da tarde de sexta-feira. Segundo o consórcio, já foi encaminhada ao sindicato uma sugestão de novo agendamento de reunião para tentar solucionar o impasse.

    Para negociar uma solução, o prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, se encontrou nesta segunda-feira com representantes do Sintraurb e da Rio Ônibus. Na última sexta-feira (8), o prefeito fez um apelo para que a negociação ocorresse sem greve e lembrou que o último aumento nas passagens de ônibus anunciado pela Prefeitura permitirá que o serviço de ônibus melhore. A Prefeitura usou o Centro de Operações Rio para recomendar que os cariocas usem os trens, o metrô, o VLT e as barcas.


    Consórcio

    Em nota, o consórcio que opera os ônibus articulados do BRT informou que nove veículos foram apedrejados nesta segunda-feira. No momento, todos os corredores estão funcionando, mas os intervalos continuam irregulares e estão em processo de normalização.

    A operação no corredor Transolímpica chegou a ser interrompida pela manhã. Segundo o BRT, a decisão foi tomada por causa da ação de rodoviários e para garantir a segurança de passageiros e funcionários.


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