• Governo do Rio lança linha de crédito para cultivo do lúpulo

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  • 18/04/2019 09:00

    O governador Wilson Witzel participou, nesta quarta-feira (17), do lançamento da linha de crédito do Banco do Brasil para a cultura e exploração do lúpulo em território fluminense. Equipes da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento realizaram visitas técnicas em propriedades rurais da Região Serrana, onde observaram grande potencial para o cultivo do lúpulo no estado. O Rio de Janeiro foi pioneiro em conseguir, junto ao Banco Central, registro para operar o crédito rural para atender a demanda nacional do importante ingrediente da cerveja, responsável pelo aroma e sabor amargo característico da bebida.

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    "Com esta perspectiva, vamos ampliar a participação da agricultura no PIB do Rio de Janeiro, reduzindo um pouco a dependência que nós temos da extração do petróleo. O lúpulo é apenas um começo vitorioso da expansão do mercado do agronegócio no estado", disse o governador.

    Com a estimativa de disponibilizar R$ 600 milhões, a linha de crédito do Banco do Brasil é ofertada para pequenos e médios produtores associados à Rota Cervejeira da Serra Fluminense. Atualmente, cerca de quatro mil toneladas do lúpulo utilizadas no mercado brasileiro são importadas do Hemisfério Norte, ao custo de mais de R$ 200 milhões.

    "O Brasil é o terceiro maior produtor de cerveja do mundo, atrás apenas da China e dos Estados Unidos. O lúpulo é um dos principais e mais caros ingredientes da cerveja e vem cada vez mais despertando o interesse do mercado. Desde 2016, produtores de cervejas artesanais da Região Serrana Fluminense já têm produzido o lúpulo, mas ainda não em escala comercial. O reconhecimento do lúpulo como cultura viável no estado é uma das nossas prioridades para ajudar na revitalização da nossa economia", afirmou o secretário de Agricultura, Pecuária e Pesca, Eduardo Lopes.

    Além da cadeia cervejeira, o lúpulo também tem outras aplicações como, por exemplo, na indústria farmacêutica, fabricação de cosméticos e na produção sucroalcooleira, três segmentos com alta capacidade de crescimento e de estabelecimentos de novas linhas de trabalho dentro do Estado do Rio de Janeiro.

    "Esta iniciativa, certamente, abrirá caminhos e criará ótimas condições para que possamos fomentar o cultivo de lúpulo no estado, via operações de crédito de custeio e investimento, principalmente para as regiões Serrana, Centro e Sul. Esta linha de crédito é uma oportunidade de grande potencial que vai impactar positivamente o agronegócio fluminense", declarou Raimundo Pérez, superintendente estadual do Banco do Brasil.

    Teresópolis e Nova Friburgo saem na frente

    O Polo Cervejeiro Artesanal de Nova Friburgo conta com 28 marcas de cerveja oriundas de 12 fábricas. Fomentar a produção regional é, de acordo com o prefeito de Friburgo, Renato Bravo, a saída para a recuperação econômica fluminense.

    "A solução dos problemas do Estado do Rio está no interior e no aproveitamento do potencial local. O cultivo do lúpulo é um exemplo disso, uma vez que os produtores de cerveja, uma vocação do município, vão poder comprar localmente", ressaltou o prefeito.

    As condições climáticas de Teresópolis também são favoráveis para o cultivo de lúpulo, onde os produtores rurais já têm investido na produção. Estudos mostram que há uma tendência do lúpulo florescer três vezes ao ano na Serra Fluminense, enquanto que, no Hemisfério Norte, só uma vez anualmente.

    "Em Teresópolis, já temos quatro plantações de lúpulo, que é a matriz agrícola de maior valor agregado do mundo. Quando se une a um agente financeiro, como o Banco do Brasil, com linhas atrativas para financiar o lúpulo, o agricultor começa a ganhar confiança com a nova matriz na sua plantação", comentou Vinicius Claussen, prefeito de Teresópolis.
     

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