• Furacão nos Estados Unidos afeta turistas petropolitanos

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  • 07/10/2016 09:20

    A passagem do furacão Matthew pelo Caribe e a aproximação à costa sul dos Estados Unidos no dia de ontem deixou mais de 100 mortos, provocou cancelamentos de voos e fez com que dois milhões de pessoas deixassem os estados da Flórida, Carolina do Sul e Geórgia. Petropolitanos em viagem à região tiveram rotas alteradas e voos cancelados.

    Considerado o mais intenso a atingir o Caribe na última década, o Matthew já deixou mais de 100 mortos em sua passagem por Cuba, pela República Dominicana e o Haiti e segue em direção às Bahamas e à Flórida.

    Ontem (6), companhias aéreas com operações no aeroporto internacional de Miami cancelaram 50 voos com chegada e 49 de partida no terminal. No Brasil, empresas aéreas também cancelaram voos entre o país e os Estados Unidos, como a Latam e a Azul Linhas Aéreas. Segundo a Azul, os clientes dos voos afetados serão informados e reacomodados em outros da companhia ou poderão solicitar reembolso integral dos bilhetes.

    A agência petropolitana Hemisfério Turismo informou que um de seus clientes foi um dos que teve o voo cancelado. A família de seis pessoas está em viagem a Orlando e voltaria hoje, mas o voo, que faria uma escala em Miami antes de chegar ao Rio de Janeiro, foi cancelado e a família foi remanejada para um voo na segunda-feira, dia 10. Rafael Bento, diretor da agência, explica que nesses casos de fenômenos naturais o voo é cancelado e remarcado para o primeiro dia em que o acesso for liberado. “A previsão é de que os voos voltem a operar normalmente no fim de semana, mas como está tudo lotado, nossos clientes só conseguiram vaga para o dia 10”.

    A gerente Ana Monteiro, da agência Objetiva, informou que tem um cliente que está em Miami, mas que até o momento não deu notícias sobre evacuação na cidade. Outra cliente tem voo marcado para o destino amanhã (8) e aguarda um posicionamento da companhia aérea.

    A consultora de viagens Rosiane Torres, da agência petropolitana de viagens Soneto Turismo, conta que tem dois clientes que estão embarcados em um cruzeiro, que saiu de Miami no dia 02 em direção ao Caribe com retorno à cidade no dia 09. Felizmente, devido às datas, o furacão não ofereceu nem oferecerá risco. Eles estavam saindo das Bahamas quando o Furacão Matthew estava chegando. “Nesses casos, quando há previsão de furacão para uma região, o próprio navio já altera a rota, passando por locais que não ofereçam riscos”.

    De acordo com o Instituto de Meteorologia Climatempo, é possível identificar a passagem de um furacão com antecedência de até uma semana, possibilitando que as agências e os destinos se preparem, orientem os turistas e se for o caso evacuem as áreas críticas. Além disso, furacões são normalmente esperados e previstos nessa época do ano no Atlântico Norte (Caribe). A temporada de monitoramento de furacões começa oficialmente em 1° de junho e termina em 30 de novembro de cada ano, com picos em setembro e outubro. 

    Porém, de acordo com a meteorologista Josélia Pegorim, o furacão Matthew é um furacão bastante forte e vem mantendo a categoria 4 há uma semana. Ele se intensificou novamente, como já era esperado pelos meteorologistas do Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC, na sigla em inglês) e na manhã de ontem (6) voltou a ser um furacão de categoria 4 na escala Saffir-Simpson, que vai de 1 a 5 e que mede a intensidade dos furacões. O último furacão que passou pela Flórida foi Hermine, no começo de setembro, mas que veio pelo Golfo do México e atingiu a Flórida pela costa oeste. O Hermine foi o primeiro furacão que tocou o território da Flórida desde o furacão Wilma, em 2005. 


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