• Funcionários do Lar de Crianças paralisam atividades

  • Continua após o anúncio
  • Continua após o anúncio
  • 25/11/2016 18:00

    Com a atual crise do estado do Rio de Janeiro, as instituições filantrópicas são as que mais têm sido afetadas com a falta de repasse. Dois abrigos de crianças em Petrópolis correm risco de fechar. Ao todo, são 52 funcionários – como educadores, psicólogos, cozinheiros, assistentes sociais, entre outros – que estão sem receber salário há sete meses. 

    Nesta sexta-feira (25), os funcionários do Lar de Crianças Nossa Senhora das Graças, entidade filantrópica que funciona há 57 anos na cidade, no bairro de Corrêas, iniciaram uma paralisação. Os 37 funcionários estavam sem receber desde junho. São professores, educadores, faxineiros, cozinheiros, psicólogos, assistentes sociais, motoristas e nutricionistas. De acordo com a gerente Luciana Márcia da Conceição, neste mês de novembro foi repassado o valor referente aos meses de junho e julho, mas não há previsão para o depósito dos meses restantes. A instituição, que abriga 20 crianças, de 0 a 12 anos, até tem outras parcerias, mas sem o repasse do Estado não há como cobrir as contas.

    Já os 15 funcionários da Casa da Criança Antônio de Pádua, localizada na Rua Teresa, estão sem receber há sete meses. Maria Clara Cruz, diretora-presidente da instituição, que hoje abriga nove crianças, conta que eles já fizeram tudo que estava ao seu alcance e que agora começam a pensar em fechar as portas: “Já fizemos passeatas, colocamos faixa no portão e um pessoal foi à Alerj. Toda a movimentação que podíamos fazer já fizemos, mas agora o Estado decretou falência. Não sabemos como vai ser”, disse. 

    “Nós sabemos que há a crise, mas o pagamento desses funcionários têm que ser uma prioridade, pois são instituições que lidam com pessoas em situação de vulnerabilidade social”, disse Cátia Regina Vieira, vice-presidente do Sindicato dos Empregados em Instituições Beneficentes, Religiosas, Filantrópicas e Organizações Não Governamentais do Estado do Rio de Janeiro (Sindfilantrópicas).

    As instituições recebem verba da Fundação para a Infância e Adolescência (FIA), um órgão da administração indireta do Governo do Estado do Rio de Janeiro, vinculada à Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos (SEASDH). 

    Últimas