• Funcionários do Centro Pop recebem ameaças de grupo de frequentadores

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  • 29/08/2018 18:34

    Durante reunião promovida pelo juiz da 4ª Vara Cível, Jorge Martins, na manhã dessa terça-feira (28), sobre a população de rua, funcionários do Centro Pop relataram casos de furto, ameaças e brigas dentro da unidade. Eles disseram também que se sentem ameaçados e receosos de trabalhar. O encontro aconteceu na sede da Prefeitura e contou com a participação do prefeito Bernardo Rossi, do presidente da Câmara Municipal Roni Medeiros, da defensora pública Marília Pimenta, de secretários municipais, do comandante do 26º Batalhão de Polícia Militar (BPM) coronel Oderlei de Souza, de empresários e da representante do Centro de Defesa dos Direitos Humanos (CDDH), Camila dos Santos Vecchi.

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    “Hoje estou colocando a minha equipe em risco, estão todos assustados”, disse a secretária de Assistência Social, Denise Quintela. “No dia da mudança para a nova casa do Centro Pop na Rua Souza Franco, registramos furtos de uma televisão e um microondas. Quando cheguei na unidade, na segunda de manhã, depois da mudança, estava tudo revirado. Deixaram inclusive uma faca fincada no meio do chão como forma de intimidação”, contou a secretária, informando ainda que os criminosos levaram o HD com as imagens que poderiam ajudar na identificação.

    O Centro Pop foi inaugurado em 2015 e funcionou até o mês passado na Rua Floriano Peixoto. Agora, a unidade está na Rua Souza Franco, de acordo com a secretária de Assistência Social, em um espaço mais amplo e mais seguro. “Foi um pedido deles a mudança da unidade. Conseguimos uma casa maior e que os atendesse de uma forma melhor”, ressaltou.

    Segundo Denise Quintella, existe um grupo “infiltrado” entre os usuários do Centro Pop que estariam praticando os crimes. “Já tivemos registros de apreensão de armas e a minha equipe está com medo. Sabemos que é um grupo que não faz parte dos usuários que frequentam diariamente o Centro Pop e é atendido pelas nossas equipes”, comentou a secretária.

    As suspeitas da secretária de Assistência Social em relação a esse grupo de “infiltrados” foi confirmada pelo comandante do 26º BPM coronel Oderlei de Souza. Ele disse que, no período de um ano, observou a mudança no perfil do morador de rua. O comandante ressaltou ainda que existem pontos considerados “mais críticos” nos quais a Polícia Militar vem atuando. Entre elas a Rua Souza Franco e a Vila Macedo (atrás do supermercado Multimix). “Sabemos que nestes pontos há vendas e consumo de drogas e a Polícia Militar vem atuando para coibir essas práticas e garantir a segurança dos moradores e das pessoas que trafegam por estes locais”, informou o coronel Oderlei.

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    O Centro Pop oferece almoço, banho, espaço para convivência e sala para leitura, além de atendimento médico, social e psicológico. A unidade funciona das 8h às 17h. Uma média de 150 pessoas frequentam o centro diariamente, segundo dados da Prefeitura.

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