• Funcionários de empreiteira são demitidos sem pagamento

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  • 25/08/2016 12:00

    Cerca de 15 trabalhadores das obras do condomínio Pedra do Açu, na localidade do Caetitu, em Corrêas, foram na tarde de ontem ao Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil e do Mobiliário de Petrópolis apresentar toda a documentação necessária para entrar com uma ação coletiva contra a empresa Andrade Almeida, responsável pela construção onde trabalham.

    O motivo da ação é a demissão sem o pagamento dos devidos direitos dos funcionários, assim como os salários que estão atrasados há alguns meses.

    Na semana passada, o Ministério do Trabalho fez uma visita ao canteiro de obras, na Estrada do Caetitu, e interditou o empreendimento, que faz parte do programa “Minha Casa, Minha Vida”, do Governo Federal.

    Segundo os trabalhadores, no local não havia condições de segurança para que as obras fossem realizadas. “Não tinha refeitório, a gente comia no meio da obra, sem segurança nenhuma. Eles não ofereciam nada para que nós pudéssemos trabalhar com segurança e com estrutura. Aí, além de tudo isso, ainda atrasaram nossos salários e depois que a obra foi interditada nos mandaram embora sem pagar nenhum direito”, disse um dos funcionários que preferiu não ser identificado.

    Para o presidente do Sindicato, José Maria Rabelo, trata-se de falta de ética e responsabilidade por parte da empresa. “A Andrade Almeida é a responsável solidária pela obra, portanto, eles têm que pagar os direitos dos funcionários. A empresa demitiu mais de 60 trabalhadores e só acertou a conta com alguns deles. Testemunhamos vários casos de pessoas trabalhando sem carteira assinada, com estrutura precária, trabalhando hora extra sem receber. Agora, eles foram mandados embora sem receber nada? É um absurdo”, desabafou.

    O Sindicato informou que dará total apoio aos operários e que entrará com uma ação coletiva solicitando à empresa responsável o pagamento dos devidos direitos aos trabalhadores do condomínio. 

    A Tribuna procurou a empresa responsável e também o Ministério do Trabalho, mas até a publicação desta matéria não teve resposta.

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