• Fugir da trilha

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  • 06/09/2017 12:45

    Há momentos em nossa vida que nos permitimos e até necessitamos, com objetivo de alcançar paz, bem estar e até equilíbrio da saúde, esquecer e  riscar da mente problemas e aborrecimentos com os quais somos obrigados a conviver, no nosso dia a dia, em particular no decorrer das atividade laborais.

    Isto porque acabamos, muitas vezes, por nos decepcionar em razão da prática de certos atos e procedimentos adotados por algumas pessoas, como convictas estivessem das próprias mentiras que fazem proferir, e o pior, minando amizades conquistadas e que vêm desfalecer em decorrência de tais atitudes.

    E a grande verdade é que a decepção “bate forte”, em face de tanta “conversa fiada jogada fora” e que somos condicionados a ouvir, sem que possamos nos defender, já que o ser humano, nem sempre está preparado para encarar os problemas e dificuldades que lhe surgem e, ao invés de caminhar em busca de soluções justas e plausíveis, elege a mentira, a calúnia, como defesa de seus pálidos argumentos ou pretensões. 

    Assim é que nos recordamos de um episódio ocorrido, há muitos anos, com um colega de trabalho bem próximo a nós, que tendo sido vítima dessas atitudes por parte de um também colega, porém pessoa de má índole, acabou por ver perdida uma grande amizade que fora conquistada ao longo de anos.

    O deslize praticado pelo indivíduo sem caráter, a nós narrado pelo querido colega, ainda lhe causa grande tristeza, já que segundo o mesmo, nenhuma palavra ou gesto fez proferir ou praticar, vítima, sem dúvida, do mau elemento.

    O caluniador, todavia, imbuído do sentimento de inveja, preferiu mentir com a finalidade de ascender a um cargo público que deveria ser ocupado pelo caluniado, aliás, podemos afirmar, por justiça, justamente por bem conhecê-lo.

    O maledicente obteve êxito conseguindo convencer o superior e, o que mais marcou o injustiçado foi a atitude do chefe em acreditar no “borra-botas”.

    Justamente, em razão desse lamentável episódio, que nos foi narrado pelo amigo “ferido”, por cautela, passamos a adotar certos procedimentos buscando nos afastar de criaturas que não nos merecem confiança e por isso mesmo, mais uma vez, nos louvamos no poeta, que admitimos, possa ter vivenciado idêntica situação quando escreveu: 

    “Se, às vezes, fujo, na trilha / de um caminho, ou de uma estrada; / não é de certa matilha, / mas, de alguma cachorrada”.

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