• Flanelinhas: Polícia e Guarda Civil não conseguem coibir atuação

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  • 17/09/2017 08:00

    Não é de hoje que os motoristas reclamam da presença de flanelinhas nas ruas petropolitanas e a forma como estas pessoas pedem dinheiro, alegando que vão tomar conta do veículo. O problema é quando o motorista se nega a dar e se sente coagido ao ouvir: “não me responsabilizo pelo que acontecer”. Na semana passada, a reportagem da Tribuna acompanhou esteve em alguns pontos da cidade, onde a atuação dos flanelinhas é grande, como no Quitandinha, no entorno da Câmara Municipal e Irmãos D'Ângelo e também na Rua da Imperatriz. 

    Em todos estes locais, teve quem elogiou a atitude dos flanelinhas, mas também quem criticou, afirmando que é um absurdo, cobrando uma ação das autoridades policiais da cidade e da Prefeitura. De acordo com a resposta da Prefeitura, o policiamento ostensivo e o combate aos crimes, como extorsão, é de responsabilidade da Polícia Militar, frisando que, mesmo assim a Guarda Civil vem atuando para coibir a presença de flanelinhas na cidade desde o início do ano, tendo em vista que Petrópolis é uma cidade turística.

    Em ações da Guarda Civil flanelinhas chegaram a ser detidos e levados à delegacia. O trabalho de repressão, ao lado das demais forças policiais da cidade, continua sendo realizado em fins de semana e feriados. No entanto, para a prisão ser efetuada, é necessário que a vítima acompanhe a equipe até a delegacia e faça o registro de ocorrência – o que muitas vezes não acontece.

    Este talvez seja o grande problema, pois apesar de reclamar, a maioria das pessoas preferem não se identificar e muito menos denunciar os flanelinhas por extorsão, ameaças e agressões. No Quitandinha, uma pessoa abordada elogiou os flanelinhas, chegando a afirmar que trabalham direito e respeitam as pessoas. No entanto, no mesmo local, outra pessoa reclamou, afirmando que uma cidade turística como Petrópolis não deveria permitir este tipo de ação. O problema é que ambos não quiseram se identificar.

    No Centro Histórico, em diversas ruas há problemas com este tipo de atuação. Quem estaciona o carro nas vagas na Rua da Imperatriz, ao lado do Museu Imperial, no Centro Histórico, também passa pelo constrangimento de ser abordado por pelos flanelinhas. Na tarde do último domingo (10) uma jornalista chegou a ser ameaçada por um dos deles. "Quando acabei de estacionar o carro, um homem chegou pedindo dinheiro. Eu disse que não tinha e que só poderia dar um trocado depois que voltasse para o carro. Mas ele disse que não poderia ser assim e que se eu desse o dinheiro naquela hora algo poderia acontecer com o meu carro. Ainda teve a cara de pau de me chamar de madame. Não tinha nenhum trocado e tive que dar R$ 5 para ele. Foi revoltante", contou a jornalista.

    Na Câmara Municipal, alguns vereadores se manifestaram contrários a esta prática, cobrando das autoridades uma solução para o problema. O vereador Wanderley Taboada (PTB) por diversas vezes chamou atenção para a presença de flanelinhas nos pontos turísticos e chegou a contar que um amigo viu dois flanelinhas brigarem no Quitandinha porque uma alegava que tomou o ponto do outro.










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