• Filme sobre os jardins do Museu tem exibições diárias gratuitas

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  • 24/09/2019 10:36

    Cenário de histórias e memórias, a área verde de 43 mil m² faz jus a sua natureza cinematográfica. Desta vez, na presença de câmeras e equipamentos de som com o filme “Nos jardins do Museu Imperial”, de Beatriz Galvão. O pré-lançamento da obra, que segue sendo exibida esta semana, aconteceu neste domingo (22), no Cineteatro do Museu.

    Dos ilustres moradores do Palácio Imperial do século XIX àqueles que por ali passam, brincam, trabalham: de quantas histórias aqueles jardins já não foram cenário? Pois foi a partir desse questionamento que surgiu a ideia de coletar, reunir e eternizar, a partir de uma produção audiovisual, depoimentos de pessoas que tiveram a trajetória marcada por ele.

    Descrito pelo diretor do Museu Imperial, Maurício Vicente Ferreira Júnior como ‘um monumento vivo que traduz vivências’, a essência do jardim acaba se confundindo com a dos próprios moradores. E se, por um lado, o lançamento do filme representa a conclusão de uma etapa; por outro, indica o início de novas ações de resgate do passado.

    “Todo mundo da cidade tem alguma história para contar. São registros nossos. Eu mesmo tenho uma foto minha, com dois anos de idade, no colo dos meus pais e no jardim do Museu. Então a ideia era fazer um registro dos depoimentos nesse projeto que, ao mesmo tempo em que é um produto concluído, representa o início de uma caminhada”, aponta.

    Dirigida pela professora e publicitária Beatriz Galvão, a produção é resultado de cerca de três anos de trabalho. Ela explica que a busca por personagens teve início em 2017 e que, desde então, foram gravadas mais de 10 horas de material. Segundo ela, o valioso material será fragmentado em uma websérie.

    “Fui encontrando os personagens, fazendo pesquisa, falando com um, com outro. É documentário, né? Você vai encontrando a história a medida em que ela vai se formando. Fora a websérie estamos trabalhando em alguns projetos que devem ser lançados nos próximos meses”, revela. 

    Fora a emoção presente nos depoimentos que transitam entre a informação, o sentimento, o humor e o curioso, pode-se dizer que um dos diferenciais do projeto é a direção de fotografia. Sensorial, a abordagem leva para fora das telas o perfume das flores, o canto dos passarinhos e a harmonia presente na essência do jardim.

    O co-produtor Rogério Henriques explica como foi, junto de Marco Aureh – responsável pela produção da trilha sonora, levar o roteiro para fora das páginas e para dentro das telas. “Não queríamos focar no Museu, e sim na questão do jardim, que ficou bem forte. A gente começou a buscar quadros nele que ficassem bonitos, como as flores e os animais. Também buscamos dialogar com o que era dito pelos personagens”.

    Como parte da programação da 13ª Primavera dos Museus, “Nos jardins do Museu Imperial: histórias vividas nos jardins do Imperador” será exibido diariamente no Cineteatro do Museu Imperial, às 12h30, inclusive no sábado (sessão extra). A entrada é gratuita e, para participar, basta retirar o ingresso na bilheteria da instituição.

    Vale destacar que nesta terça-feira (24), a partir das 18 horas, Beatriz Galvão participará de um bate-papo gratuito na Casa Cláudio de Souza sobre os bastidores da produção do filme. Já na quinta-feira (26), ela é convidada na 32ª edição do projeto Fale-me de Petrópolis. O evento também tem entrada franca e acontece na biblioteca do Museu, a partir das 14h30.

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