• Feirante: as alegrias e desafios de uma profissão que resiste ao tempo

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  • 25/08/2018 10:45

    “A sociedade reconhece o nosso valor”, afirmou o feirante Ademir Guimarães Luizetto, 70 anos, com 42 anos de profissão, ao ser perguntado se há reconhecimento da profissão. Para o feirante Jorge Gomes Pereira, 39 anos, com 20 anos na feira, o governo poderia dar mais atenção principalmente à área rural. Na declaração, ele fazia referência à situação dos produtores rurais do Caxambu, depois da tragédia que ocorreu na região, quando uma pessoa morreu levada por uma tromba d'água e dezenas de famílias perderam quase tudo o que tinham. 

    No Dia do Feirante, celebrado neste sábado, 25 de agosto, os feirantes comemoram o fato de serem queridos pela população, mas lamentam os problemas que enfrentam por causa da crise econômica e de políticas públicas voltadas  para produtores rurais. Jorge Gomes disse que o produtor deveria ser mais valorizado e ressaltou que “na feira, somos reconhecidos e me sinto bem em trabalhar”.

    O trabalho é duro, exige total dedicação e, apesar de todas as dificuldades, algumas famílias trabalham na feira há anos, numa profissão passada de geração a geração. É assim na família de Maria da Conceição, 76 anos, que trabalha há 50 anos na feira. É a terceira geração de feirantes, pois seus seis filhos e netos trabalharam ou trabalham ainda na feira. 

    Este é o caso de Maria Angela, 56 anos, casada com Jadir Correas da Silva, 60 anos, e do filho Jadir Correa da Silva, 36 anos: todos trabalham na feira. 

    No calendário de festividades da cidade, o dia 25 de agosto é considerado o dia municipal do feirante e, no Morin, uma praça é dedicada a um feirante, que também foi vereador, Euclides Senna, por iniciativa do ex-vereador Antônio Elias. O dia 25 de agosto foi escolhido para homenagear os feirantes em homenagem à primeira feira livre que ocorreu no país, em 25 de agosto de 1914, no Largo General Osório, em São Paulo.

    Algum tempo depois, o prefeito da capital paulista, Washington Luís, oficializou as feiras e mercados livres com o ato nº 625, em 28 de maio de 1934. Atualmente, a Lei nº 492, de 1984, rege os direitos e deveres das feiras livres em todo o território nacional.

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