• Fase promove pesquisa sobre o lúpus

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  • 15/01/2016 18:15

    O crescente aumento da incidência de casos relacionados a doenças autoimunes, que ocorrem quando o sistema imunológico ataca tecidos saudáveis do corpo por engano, tem estimulado os pesquisadores nos estudos referentes a essas enfermidades. Em Petrópolis, o lúpus eritematoso sistêmico (LES), conhecido popularmente apenas como lúpus, doença autoimune que pode afetar todos os órgãos e em especial a pele, as articulações, os rins e o cérebro, é tema de destaque na Faculdade Arthur Sá Earp Neto (FMP/Fase), onde, há dois anos, são realizados estudos sobre a doença.

    Ao longo do tempo, a pesquisa sobre lúpus, desenvolvida no laboratório da FMP/Fase em parceria com a Fiocruz, que é focado no desenvolvimento de pesquisas na área de doenças crônico-degenerativas, apresentou algumas evoluções.

    “Nós sabemos que a área da pesquisa demanda tempo, estudo e análise das etapas encontradas durante o processo de conhecimento da doença em questão. No caso do lúpus, já identificamos que alguns fatores ambientais podem influenciar no desenvolvimento dessa doença”, revela o professor José Mengel, responsável pelo estudo na FMP/Fase.

    O pesquisador ressalta que ainda não se sabe exatamente o que causa esse comportamento anormal do organismo, mas a pesquisa indica que a doença seja resultado de uma combinação de fatores genéticos e ambientais. Nesse caso, uma pessoa com pré-disposição ao lúpus pode desenvolver a doença ao entrar em contato com algum elemento do meio ambiente (uma droga, por exemplo) capaz de estimular o sistema imunológico a agir dessa forma alterada.

    “Já é de conhecimento que algumas coisas podem agravar a doença, como: a exposição à luz do sol e o uso de determinadas drogas. Os sintomas do lúpus podem surgir de repente ou se desenvolver lentamente. O fato é que, no lúpus, a defesa imunológica se vira contra os tecidos do próprio organismo como pele, articulações, fígado, coração, pulmão, rins e o cérebro. Essas múltiplas formas de manifestação clínica, às vezes, podem confundir e retardar o diagnóstico, por isso é importante o acompanhamento com um especialista”, destaca o pesquisador.

    Os princípios ativos encontrados em alguns componentes da natureza, como alguns ácidos graxos, já se mostraram eficazes no retardamento da evolução da doença experimental. A composição encontrada pelo pesquisador, com ativos naturais, revela uma melhora significativa, diminuindo as lesões renais e aumentando a sobrevida, segundo a pesquisa que está sendo desenvolvida em Petrópolis.

    “Nós buscamos encontrar condições para proporcionar uma melhora na qualidade de vida das pessoas que são acometidas por essa doença. Ainda temos muito trabalho pela frente, mas os resultados que encontramos nos indicam que estamos no caminho certo”, explica José Mengel.


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