• Família é avisada da morte de parente e recebe corpo errado para sepultamento

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  • 21/03/2016 09:10

    Na noite do dia 2 deste mês, o paciente Júlio de Araújo Esteves, que estava internado no Hospital Clínico de Corrêas (HCC) devido a uma arritmia cardíaca, há 13 dias foi dado como morto. Os familiares cuidaram de todos os trâmites para o velório e só na abertura do caixão o engano foi percebido.De acordo com a administração do hospital, o caso está sendo investigado e o responsável será punido. Júlio estava internado pelo Sistema Único de Saúde(SUS) e veio a óbito na sexta feira,dia 11.De acordo com o boletim de ocorrências registrado no dia 03 deste mês na 105ª Delegacia de Polícia pelo genro de Julio,Alberto Fonseca de Carvalho, a primeira internação aconteceu no pronto Socorro do Alto da Serrano dia 15 de fevereiro e, dois dias depois, ele foi transferido para o HCC. Assim como no registro,Alberto contou à Tribuna quena tarde do dia 02 deste mês a família visitou Júlio, que teria apresentado melhoras e dado entrada na UTI. Porém, por volta das 23h do mesmo dia, a família recebeu um telefonema do hospital informando que deveriam comparecer na unidade com urgência.“Na hora que o médico deu a notícia ainda disse o nome de Joaquim e minha cunhada o corrigiu, dizendo que este não era a mesma pessoa. Ele pediu desculpa e disse o nome do meu sogro e falou que a causa da morte teria sido duas paradas cardíacas. Minha esposa ainda questionou a melhora que foi diagnosticada durante a tarde. A família ficou em choque porque pensávamos que ele estava bem,mas acreditamos no médico e a recepcionista pediu para que alguns cuidassem das roupas e outros da liberação do corpo.Ligamos para outra cunhada e minha filha, que moram em Minas,e elas vieram para cá ainda durante a madrugada, às 2h”,contou Alberto.Segundo o BO, todos os procedimentos legais foram feitos e Alberto chegou a assinar a documentação referente ao óbito de Júlio. Em registro foi afirmado ainda que na unidade não foi permitido ver o corpo do sogro e alegaram os fluidos que podem ser expelidos pelo óbito ser recente. Diante disso,o corpo só poderia ser visto na capela. Todavia, na capela também foram informados de não ser possível porque só havia um óbito e as roupas foram entregues para vesti-lo.“Ajudamos a carregar o caixão até a sala e lá minha cunhada gritou quando viu quenão era seu pai. Vimos todas as diferenças e ficamos em choque, porque ainda não sabíamos se meu sogro tinha mesmo morrido. Fomos para o hospital e explicamos o equívoco para a recepcionista, que comunicou ao médico. Foi autorizada a entrada para que alguém fosse comprovar e todos subimos até a UTI. Foi um alívio quando vimos ele lá”, disse Alberto.Segundo Alberto, nenhum tipo de serviço ainda tinha sido pago e os prejuízos financeiros foram relativos às passagens de ônibus devido à vinda da filha e da cunhada, que serão ressarcidas pela administração do HCC. Na sexta-feira do dia 11 Júlio veio a falecer. Na data,um dos filhos estava no quarto e após a tentativa da equipe de ressuscitá-lo foi permitida sua entrada no quarto novamente.Desta vez, a família recebeu a notícia com a certeza de que era verídica. Jaqueline Esteves de Asumpção contou que a mãe é hipertensa e na noite do dia 02 não foi ao hospital, pois se sentiu mal. Segundo ela, o sofrimento foi dobrado. “Senti tudo duasvezes. A alegria foi tão grande deter sido um engano na primeira vez e agora nesta segunda vez que não tinha nem essa expectativa.Foi voltar o filme tudo e ver que não era mais um sonho.Sofremos um luto por 4h commeu pai vivo. Até o nome delena porta da capela nós vimos.Espero que ninguém mais passe pelo que passamos”, afirma.Jaqueline contou ainda que a família pensa em mover uma ação contra a unidade de saúde pelo luto prestado nove dias antes do real falecimento. O caso foi levado na mesma noite ao conhecimento da administração do HCC, porém até então a unidade não entrou em contato coma família. “Eles reconheceram o erro e disseram que iriam averiguar o fato com a abertura de um inquérito administrativo. O administrador chutou hipóteses,disse que o erro poderia ser da equipe de enfermagem, de médicos e até do setor financeiro.Porém, disse que era um erro irreparável e que nunca tinha visto isso acontecer”, conta.O diretor administrativo do HCC, Alexandre Pessurno, contou que na madrugada do dia 03 foi solicitado na unidade às 3h30 para atender ao chamado da família.O HCC se comprometeu a identificar o erro e, segundo Alexandre,não houve falhas quanto à medicação. “Conversei com a família e foi detectado o erro e,na mesma hora, assim como solicitada a correção do documento que havia sido emitido. Em cimado que me foi pedido abri um processo administrativo e está sendo apurado o procedimento médico,de enfermagem e do serviço de recepção. Dei um prazo a eles de 30 dias para poderem me apresentar aonde foi o erro principal. Foi uma coisa muito desagradável tanto para a família quanto para o hospital”, declara.

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