• Falta de sinalização adequada prejudica turismo em Petrópolis

  • Continua após o anúncio
  • Continua após o anúncio
  • 07/10/2017 12:00

    Andar pelas ruas de Petrópolis, pra quem não está acostumado, pode ser uma tarefa um tanto quanto difícil. Além dos acessos aos pontos turísticos não serem claramente sinalizados, as poucas placas que existem acabam confundindo e dificultando a vida dos visitantes.

    Quem vem à cidade por conta própria, sem o apoio de um guia, acaba ficando perdido, como foi o caso do carioca Marcelo Quintella. Em seu primeiro passeio à Cidade Imperial ele precisou pegar um táxi para conseguir encontrar os pontos turísticos. O problema é que ele teve que desembolsar R$ 120 para não se perder entre os atrativos. “Eu subi a Serra com um mapa feito pelo meu cunhado. Ele tinha me explicado mais ou menos. Mas para quem não conhece é muito difícil. Cheguei aqui, deixei o carro num estacionamento e ali começou o desafio. Para chegar ao Museu foi um sacrifício. Isso porque o Museu é daquele tamanho todo” brincou. 

    Sem saber onde estava, Marcleo deixou o carro num estacionamento da Rua do Imperador começou o seu tour pelo Centro. Sem encontrar uma placa na avenida principal, ele pediu informações a pedestres para chegar até o Museu. “Eu ia embora pela rua afora. Não tinha placa indicando. Mas até aí tudo bem. Me informaram e eu acabei achando. Depois que saí dali que foi o problema. Me explicaram muito mal onde ficava a Catedral, e por incrível que pareça eu demorei a achar. Depois que percebi que era perto”, contou. 

    O problema maior foi quando ele saiu da Catedral em direção ao Palácio de Cristal. “Eu entrei numa rua, saí na outra, e assim perdi um tempão. Sorte que a cidade é linda, e tirei fotos com a família em cada esquina”, disse Marcelo. Depois de sair novamente na rua do Imperador, ele acabou pagando um táxi para passear pela cidade. “Perguntei quanto ficaria um tour pelo Centro, e o rapaz disse que seria uns R$ 100. Então não teve jeito. Eu tive que encarar. Era melhor do que ficar andando em círculos”, contou. 

    Ao ser questionado sobre o que achou do passeio, Marcelo disse que sim. Mas não pretende voltar sozinho. “Eu só volto aqui quando estiver decorado tudo. Porque já vi que contar com placa aqui não funciona.”, contou. O engenheiro disse ainda que pretendia conhecer Itaipava, mas vai esperar um pouco mais. “Se eu fiquei enrolado no Centro da cidade, imagina se eu for para os lados de Itaipava”, brincou.

    Das poucas placas e tótens que ainda informam sobre a localização dos pontos turísticos, muitos estão destruídos ou nem existem mais. Na Avenida Koeler, por exemplo, que leva o nome do projetor da cidade, tem placa confundindo o turista. O tóten orienta o visitante a seguir reto para a Igreja Luterana e o Mosteiro da Virgem, enquanto em frente há um cruzamento e não existe a opção de seguir. “Nessa rua bonita eu fiquei perdido. Realmente, se não for para pedir informações na rua a gente não consegue sair do lugar”, completou.

    A Tribuna questionou a Prefeitura sobre possíveis melhorias na sinalização, para maior orientação e até mesmo conforto aos turistas. No entanto, até o fechamento dessa reportagem não obtivemos resposta. 


    Últimas