• Falhas na sinalização viram armadilhas principalmente para motoristas de fora

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  • 03/07/2017 09:30

    Apesar do esforço da CPTrans para reforçar a sinalização viária, intensificando a presença de agentes e guardas de trânsito, ainda há falhas na sinalização em vários pontos da cidade. O problema afeta principalmente os turistas, que muitas vezes nem sabem que estão cometendo infrações no trânsito. 

    Na rua da Imperatriz, por exemplo, no sentido Obelisco, há uma placa na altura do ponto de ônibus da Praça Dom Pedro, indicando que é proibido dobrar à direita. No entanto, como no local sempre há coletivos parados, poucos são os motoristas que conseguem enxergar a sinalização. A consequência é a entrada de veículos na contramão com frequência. Do outro lado da Rua da Imperatriz, quem sai da Nilo Peçanha e não conhece a cidade pode acabar entrando na ponte e acessando a rua Dezesseis de Março pela contramão. Isso porque a sinalização do local – uma pintura no chão, muitas vezes não é vista pelos motoristas.

    Além disso, há também pontos onde a sinalização acaba confundindo os motoristas. Um exemplo é a Rua Dr Nélson de Sá Earp. Lá, há uma placa na altura do Shopping Bauhaus indicando aos motoristas que têm como destino o Rio de Janeiro virada à esquerda. No entanto, mais à frente, cerca de 50 metros depois e já na bifurcação, próximo à Praça da Liberdade, uma outra placa indica aos motoristas que dobrem à direita para seguir no sentido Rio de Janeiro. Exatamente o contrário da primeira placa. 

    O designer industrial Reinaldo Pacheco, que é carioca, vê o trânsito como o principal obstáculo em Petrópolis. “Venho para cá constantemente e sempre trago a família, porque a cidade é muito bonita. Petrópolis sempre me interessou, mas antes de começar a trabalhar aqui com entregas eu não conhecia nada e a sinalização nunca ajudou muito. Há poucas placas e as que existem nos confundem. Esse caso da Praça da Liberdade é apenas um”, contou. Reinaldo disse que só passou a trazer a família para passear em Petrópolis porque começou a conhecer mais a cidade, incluindo as vias alternativas e o sentido das principais ruas. “Eu ficava perdido. Adorava esse lugar, mas não tinha como vir sem conhecer. O turista que vem de carro fica meio confuso. É um quebra-cabeças”, brincou. Por falar em confusão, um dos pontos mais “embaralhados” do Centro é o cruzamento da Praça Marechal Carmona, perto do Terminal Imperatriz Leopoldina.

    Por lá passam milhares de veículos diariamente, num ponto onde há mais de cinco entradas e saídas de fluxo, entre elas importantes vias de acesso a bairros como o Alto da Serra, Caxambu e a região dos distritos. Quem já conhece bem o cruzamento brinca. “Eu tiro de letra. Passo aqui todo dia. Mas é muito complicado para quem não tem habilidade e agilidade no volante. Isso porque você tem pedestres para lá e para cá, carros, motos, ônibus, tudo isso cruzando as pistas de um lado para o outro sem muita orientação. Eu, particularmente, acho que não tem jeito. Se colocar semáforo vai gerar congestionamento. É melhor deixar do jeito que está, porque também não há muito o que sinalizar não”, brincou. 

    Já o motorista de ônibus Clodoaldo Kapps acha que o local precisa de mais sinalização. “Tem que ter sinalização, mas aquela clara, eficiente. Não adianta enrolar a vida do motorista. Tem que ser algo que seja rápido, só de bater o olho ele já consiga raciocinar para onde vai”, explicou. 



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