• Falência de construtora paralisa obras de condomínio no Caititu

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  • 28/08/2018 18:00

    O projeto de construção de um condomínio residencial localizado na região do Caititu, em Corrêas, segue abandonado. Muitos dos compradores que adquiriram os imóveis do conjunto, realizado pela construtora Andrade Almeida entre os anos de 2013 e 2014, não têm respostas até hoje se terão a oportunidade de ter em mãos as chaves de suas casas, para realizar o sonho de ter a própria moradia.

    A promessa era que os imóveis fossem entregues em aproximadamente um ano e meio, prazo este que foi alterado por causa de paralisações na obra. De acordo com o técnico químico de petróleo, Robson Rodrigues, a responsável pela construção alegava que tinha problemas com funcionários e falta de mão de obra, o que tornava inviável a manutenção do empreendimento. “Chegaram a nos pedir, em uma reunião, se poderíamos prorrogar o prazo para receber as unidades, por conta de alguns problemas que eles tiveram. Aguardamos então e até hoje, nada foi cumprido. Continuamos sem respostas de quando poderemos enfim ter os apartamentos em mãos”, conta. 

    Outro comprador que preferiu não se identificar, diz que perdeu toda a esperança no imóvel adquirido. O investimento seria para criar uma renda adicional, através do aluguel ou da venda do apartamento. Mas, diante de muitos anos sem respostas, tudo acabou ficando esquecido. “Acabei largando de lado totalmente. Era para estar pronto em um ano, depois jogaram para outro e assim fica tudo arrastado até hoje”, diz. 

    No portal da construtora na internet, há um percentual de andamento das obras, que aponta apenas 18% de conclusão. Tópicos como terraplanagem estão em 67% e fundações com 100%, estrutura e instalações, constam com 16% e infraestrutura apenas 3%. Em um cronograma de ações previstas disponíveis no portal, a estimativa era de que em dezoito meses, tudo chegasse a conclusão, ou seja, maio de 2016. 

    Robson diz que durante este tempo, os compradores se reuniram e fizeram cobranças à Caixa Econômica. Foi através deste movimento, que eles conseguiram, inclusive, fazer com que o pagamento de uma taxa fosse suspenso. “A gente fica entrando em contato com a Caixa que diz estar resolvendo e avaliando a troca da construtora, alguns entraram com ações judicialmente e ai suspenderam as cobranças da taxa de evolução de obra. Enquanto a obra vai sendo realizada, não é pago o financiamento, apenas a taxa para que a dívida permaneça no mesmo valor. Paga-se o juros proporcional para quando receber as chaves, o valor siga o mesmo e o pagamento comece a ser efetuado. Mas, durante muito tempo, continuávamos pagando esta taxa”, contou. 

    O técnico diz que vem tendo um grande prejuízo, já que o objetivo com a compra do imóvel, era ter independência e sair do aluguel. “Já era para não ter mais esse custo. A nossa ideia era ter mais tranquilidade com um imóvel nosso. Como essa compra foi feita pelo Minha Casa Minha vida, não posso nem comprar outro apartamento e correr atrás disso. A gente fica limitado né?”, lamenta. 

    A Caixa informou por meio de nota que a construtora, Andrade Almeida LTDA, originalmente responsável pelas obras executou o serviço até o percentual de 69,91%. No entanto, a empresa abandonou o canteiro de obra em fevereiro de 2017 e a seguradora foi acionada. O órgão esclareceu ainda que já houve seleção de nova empresa, com previsão de retomada de obras para o início de outubro de 2018.

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