• Estudantes da rede municipal passam por treinamento com treinador de atletas paralímpicos

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  • 05/06/2016 07:00

    No dia 6 de maio foi lançado o projeto Petrópolis Olímpica, no qual alunos da rede municipal de ensino e a população de uma forma geral puderam passar a ter contato direto com oficinas de esportes, jogos e brincadeiras, totens e painéis sobre a história das Olimpíadas e as modalidades olímpicas e paralímpicas. Na última sexta-feira, cerca de 14 alunos do Liceu Municipal Carlos Chagas Filho simularam disputar uma prova de atletismo, na Praça Visconde de Mauá. Mas quem achou que a brincadeira seria fácil se enganou. Metade deles precisou ficar vendada enquanto corria. 

    Isso porque eles simularam uma corrida composta por atletas que possuem deficiência visual. Sete estudantes ficaram vendados, pois eram os atletas e os outros sete fizeram o papel dos guias, e por isso correram sem vendas. Porém, para que a corrida fosse realizada o mais próximo possível da realidade, nenhum dos “guias” podia correr mais que os “atletas”, levando em conta que nas regras oficiais, se a corda que liga o atleta ao guia esticar, o competidor é penalizado. Quem passou todas essas informações teóricas para os alunos, assim como as orientações de treinamento, foi o professor de educação física Gabriel Mayr, que veio do Rio de Janeiro especialmente para participar do projeto em Petrópolis.

    E foi justamente isso que tornou a brincadeira uma atividade lúdica, porém séria e com características de competição paralímpica oficial. Isso porque Gabriel é treinador de três atletas paralímpicos profissionais, que disputarão as Paralimpíadas 2016. São eles: Felipe Gomes, de 30 anos, competidor de atletismo. Ele já ganhou medalhas de ouro e bronze na Paralimpíada de Londres; dois ouros e uma prata no Parapan-Americano de Toronto; e dois ouros, três pratas e um bronze em Mundiais. Além dele, Jhulia Karol dos Santos, de 24 anos, também compõe a equipe de atletismo, mas feminina. A jovem já ganhou bronze na Paralimpíada de Londres; dois bronzes em Mundiais; e uma prata no Parapan-Americano de Toronto. O mais novo dos três, Thiago da Silva, de apenas 20 anos, é jogador de futebol (para cegos), ele já foi campeão Parapan-Americano de Toronto.

    Os atletas fazem parte do Urece Esporte e Cultura do Rio de Janeiro. “Os atletas paralímpicos também são de alto rendimento, por isso a cobrança é igual com relação a todos eles, com deficiência ou não. Até porque, eles competem com outros profissionais que possuem deficiência, então não há distinção, todos os atletas do mundo passam pelo mesmo processo. Foi justamente isso que tentei passar para esses alunos. Independente se há ou não deficiência de qualquer tipo que seja, atleta é cobrado do mesmo jeito e rende troféus, vitórias e muitas alegrias para o nosso esporte da mesma forma”, disse orgulhoso. 

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