• Estelionato em Petrópolis cresce mais de 106% em julho; homicídios têm queda em todo o estado

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  • 19/08/2020 09:34

    Dados do Instituto de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro mostram que no mês de julho o número de ocorrências do crime de estelionato cresceu em 106,8%. Foram registradas nas duas delegacias do município – 105ª e 106ª DP – 122 ocorrências deste crime, enquanto em julho do ano passado foram 59 registros. Já o crime de homicídio doloso – quando há a intenção de matar – não teve nenhum registro em julho, enquanto no mesmo mês do ano passado foram 6 registros. A queda acompanha os índices das delegacias de todo o estado em que foi registrada uma redução de 18,5% de homicídios dolosos.

    Outros crimes também tiveram redução em julho. O crime de ameaça teve 109 registros, já em julho de 2019 foram 131, uma queda de 16,8%. A lesão corporal teve redução de 21%, foram 124 registros em julho do ano passado e neste ano, 98. 

    O registro estupro não teve aumento nem redução, foram 9 registros em julho de 2019 e também em 2020. 

    O total de furtos teve uma redução de 37,9%, foram 161 registros no ano passado e 100 neste ano. Já os dados sobre a apreensão de drogas refletem um aumento de 33,8%. Foram registradas 91 apreensões, enquanto no mesmo mês do ano passado foram 68.

    Segundo ISP-RJ, os homicídios dolosos tiveram redução de 19% em todo o estado do Rio de Janeiro, na comparação com o mês de julho do ano passado. Esse foi o menor valor para o indicador em toda a série histórica, iniciada em 1991 pelo Instituto de Segurança Pública. No total, foram contabilizadas 313 mortes em julho de 2019 e 255 em julho de 2020. Houve ainda queda de 10% dos homicídios dolosos nos sete primeiros meses de 2020 em relação ao mesmo período do ano passado. De janeiro a julho deste ano foram 2.153 vítimas, contra 2.403 no mesmo período de 2019.

    Desde o dia 13 de março, o Estado do Rio de Janeiro tem adotado medidas restritivas para prevenir e combater a propagação da pandemia do novo coronavírus. De acordo com o ISP-RJ, neste período, os registros de ocorrência dos crimes sofreram impacto nos meses de março, abril, maio, junho e julho. Os indicadores podem apresentar queda por causa do distanciamento social, que ajudou na redução da criminalidade, e da diminuição dos registros das ocorrências, resultando em subnotificações.

    Os dados divulgados pelo Instituto são referentes aos registros de ocorrência lavrados nas delegacias de Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro. Durante o período de restrições, os serviços da Delegacia Online e da Central 190, assim como o atendimento presencial para medidas de urgência em todas as unidades policiais, inclusive nas Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAM), não tiveram os funcionamentos alterados. 

    Número de crimes graves de violência física e sexual contra mulheres aumenta no estado durante isolamento social

    Dados do Monitor da Violência Doméstica e Familiar contra Mulher do ISP-RJ registraram aumento na proporção de crimes mais graves de violência física contra a mulher nos quatro meses de isolamento social. Embora tenha ocorrido uma redução no número de registros em todo o estado, a maior parte dos crimes de violência contra a mulher dão conta de algum tipo de agressão física ou sexual.

    No período analisado, de 13 de março, quando foi adotado o distanciamento social no estado do Rio de Janeiro, a 31 de julho de 2020, houve redução das ocorrências de “Violência Contra a Mulher” registradas nas Delegacias da Secretaria de Estado de Polícia Civil: 50,8% do número de mulheres vítimas de Violência Moral; 49,4% do de Violência Patrimonial; 45,5% das vítimas de Violência Psicológica; 34,6% das de Violência Sexual; e de 34,2% das vítimas de Violência Física. Os crimes tipificados pela Lei Maria da Penha também apresentaram diminuição: 35,3%.

    Apesar da queda dos registros das transgressões analisadas, a proporção de crimes mais graves que ocorreram em casa aumentou. No período estudado em 2020, 66,4% do crime de Violência Física (60,1% em 2019) e 66,6% de Violência Sexual (57,7% em 2019) aconteceram dentro de casa.

    O número de ligações para a Central de Atendimento do Disque Denúncia apresentou redução de 17,2% para casos de “Violência contra Mulher”. Por outro lado, as ligações recebidas pelo Serviço 190 da Secretaria de Estado de Polícia Militar referentes a “Crimes contra a Mulher” registraram um aumento de 13,0% em relação aos mesmos dias do ano passado.

    No entanto, em uma análise mais detalhada ao longo desse período, observa-se que, desde o final de maio, o registro de vítimas mulheres vem aumentando e, no mês de julho de 2020, os números estão voltando a se aproximar do patamar observado em 2019. Já o número de ligações para o Serviço 190 e para o Disque Denúncia permanece relativamente estável nos últimos meses do período do isolamento.

    Na análise mensal, foram registradas três vítimas de feminicídio a mais em julho de 2020 em relação ao mesmo mês do ano passado: oito casos neste ano contra cinco no ano passado. O total de crimes com vítimas mulheres que foram registrados sob a Lei Maria da Penha teve um declínio de 10% em julho (5.007 em 2020 e 5.592 em 2019), porém, ao comparar com junho de 2020, houve um aumento de 19%. Os estupros com vítimas mulheres registraram estabilidade no mês de julho quando comparado com o mesmo mês do ano anterior. Foram 330 vítimas mulheres em julho deste ano, seis a menos do que em julho de 2019.

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