• Estado apresenta avanços na preservação da Mata Atlântica

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  • 07/06/2016 16:00

    Na semana em que se celebra o Dia Mundial do Meio Ambiente (5/6), o Estado do Rio de Janeiro comemora importantes conquistas na área ambiental. A criação do primeiro Refúgio da Vida Silvestre, a estruturação de parques estaduais e a elaboração do primeiro modelo de Parceria Público-Privada (PPP) para gestão de uma unidade de conservação são algumas das medidas em curso que buscam garantir a preservação e restauração da fauna e flora endêmicas, assegurando o abastecimento de água no território fluminense.

    – Promovemos uma série de ações de educação e lazer com a temática ambiental, buscando fortalecer o sentimento de pertencimento da população com os parques estaduais. Estamos felizes com o resultado positivo das iniciativas, mas é importante que a população pratique atitudes sustentáveis não somente na Semana do Meio Ambiente, mas durante todo o ano. A preservação da humanidade depende da preservação da natureza – disse o secretário do Ambiente, André Corrêa.

    Refúgio da vida silvestre – Com uma área de 12 mil hectares que se estende pelas margens do Rio Paraíba do Sul, o primeiro Refúgio da Vida Silvestre vai contribuir para a segurança hídrica do estado, uma vez que o rio é a principal fonte de abastecimento da população fluminense, incluindo a Região Metropolitana. O espaço se estende da Represa de Funil, na divisa com São Paulo, até Três Rios, no Médio Paraíba.

    A nova unidade de conservação abrange mais de 130 córregos e nascentes; visa a proteger 63 ilhas fluviais, essenciais à reprodução das espécies nativas do rio (ninhais de aves, sítios para a construção dos ninhos de tartarugas e jacarés, além das corredeiras, fundamentais para a reprodução de peixes); e vai garantir a conservação e a reprodução de espécies ameaçadas de extinção, como o cágado-do-paraíba e o surubim-do-paraíba.

    PPP do Parque da ilha grande – O Parque Estadual da Ilha Grande foi escolhido para a implantação do primeiro modelo de Parceria Público-Privada de gestão de uma unidade de conservação no estado. A PPP prevê a implantação de saneamento básico e gestão dos resíduos sólidos da Ilha Grande.

    Inventário de espécies endêmicas – Importante ferramenta para as ações de reflorestamento, o Inventário das Espécies Florestais reúne informações sobre as 904 espécies da flora que, no planeta, só existem no território fluminense. Dentre as espécies que constam no inventário, está a Terminalia acuminata, conhecida como Jundiaí ou Guarajuba, que havia sido dada como extinta pela União Internacional para Conservação da Natureza.

    Através do inventário é possível analisar e definir estratégias para a conservação da flora ameaçada. Na segunda fase do trabalho, a proposta é criar um tipo de aplicativo para a campanha Procura-se. A finalidade é envolver o cidadão no trabalho de identificação de espécies do inventário.

    Estruturação de parques estaduais – A Secretaria do Ambiente e o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) inauguraram o complexo administrativo do Parque Estadual do Cunhambebe, na Costa Verde, e as pedras fundamentais da construção das sedes dos parques da Pedra Selada, no Sul Fluminense, e do Três Picos, na Região Serrana. A meta é estimular o ecoturismo, a visitação e fortalecer ações de repressão e prevenção aos crimes ambientais.


    Desmatamento em território fluminense está próximo a zero


    Segundo o Atlas da Mata Atlântica, o desmatamento no Estado do Rio de Janeiro está próximo a zero, enquanto que o Brasil registrou alta de 9% na devastação do bioma, entre 2011 e 2013.

    – É o estado mais avançado na área ambiental. Entre 2013 e 2014, foram desmatados apenas 12 hectares. O Rio criou unidades de conservação e está investindo em sua estrutura. E também estabeleceu o compromisso de aumentar a cobertura nativa da floresta – ressaltou a diretora da ONG SOS Mata Atlântica, Marcia Hirota.

    O Estado do Rio concentra a maior unidade de conservação municipal da Mata Atlântica: o Parque Natural das Montanhas de Teresópolis. O Rio tem ainda algumas das cidades com maior número de reservas particulares de patrimônio natural do país, como Silva Jardim.

    Mecanismos como o Pagamento por Serviços Ambientais (PSAs) a produtores rurais, o Cadastro Ambiental Rural, o ICMS Ecológico, os Planos Municipais da Mata Atlântica, a implantação de UPAms (Unidades de Policiamento Ambiental) e a contratação de guardas-parques reforçam o compromisso com a conservação e restauração da Mata Atlântica. A próxima iniciativa é o projeto Olho Verde, que consiste na utilização de imagens de satélite para identificar áreas de desmatamento e reforçar a fiscalização.


     


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