• Esporte perderá verbas após os Jogos Olímpicos

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  • 10/06/2016 10:45

    Em meio à grande expectativa dos Jogos Olímpicos do Rio 2016, se esconde um problema que, para muitos, virá após a disputa do maior evento esportivo do planeta. Se hoje existem cortes importantes em alguns investimentos no setor, há quem acredite que o problema irá piorar assim que se encerrar tudo, em setembro deste ano, já que segundo uma reportagem do portal Uol, poderão acontecer inúmeros cortes em diversas modalidades.

    Segundo o Uol, o projeto de apoio do Ministério do Esporte a atletas no período posterior à Rio-2016 pode não acontecer. Isso porque, segundo uma reportagem, o ministro Leonardo Picciani dá indícios de que a vida do esporte brasileiro no pós-Olimpíada será de muitos cortes. O primeiro deles foi a suspensão de um edital de R$ 150 milhões para a continuidade de alguns projetos. A matéria diz ainda que essa era uma das últimas ações da Presidente afastada, Dilma Rousseff.

    A reavaliação de Picciani ocorre em discordância ao seu antecessor na pasta, Ricardo Leyser, que havia solicitado verbas para a manutenção do chamado legado esportivo. Essa ação do ministro carioca não passou despercebida pela comunidade esportiva e alguns dirigentes resolveram opinar sobre o tema. “Como estar focado numa reta final de preparação olímpica se não sei como minha confederação vai pagar suas contas daqui a alguns meses? A suspensão sequer foi discutida”, declarou o diretor-executivo da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos, Ricardo de Moura.

    Para o superintendente de alto rendimento da CBAT (Confederação Brasileira de Atletismo), Antônio Carlos Gomes, faltou diálogo por parte do governo interino sobre a decisão de cancelar o edital que previa investimentos. “Fiquei sabendo [da medida] porque saiu no Diário Oficial. É muito preocupante. Começamos a desenhar o projeto pós-olimpíada e queremos no próximo ciclo um plano fechado para quatro anos”, disse ele.

    A natação e o atletismo têm razões de sobra para se queixarem da medida. Afinal de contas, os dois esportes – entre os que mais deram medalhas olímpicas na história brasileira – seriam um dos prejudicados com a medida. Isso porque, de acordo com o edital assinado por Picciani, as duas modalidades teriam direito a receber até R$ 35 milhões. Contudo, acredita-se que a medida não vai prejudicar ambas as modalidades e outras na preparação para os Jogos, que começam no dia 5 de agosto na capital fluminense.

    O ministro, por sua vez, prometeu estudar melhor o edital e ver se há alguma alternativa para minimizar os danos que o corte fará nos esportes. Isso aconteceu no dia seguinte à publicação da reportagem, que criou um ambiente pesado entre os praticantes dos esportes que deverão ser atingidos com a medida de Picciani.


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