• Especialista dá dicas de segurança para evitar riscos durante uso de WI-fi público

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  • 13/01/2020 18:10

    Embora sejam cômodas e estejam disponíveis em quase todos os lugares, as redes públicas de Wi-Fi também podem expor seus dados para estranhos e cibercriminosos. E durante o período de férias, a utilização desse recurso se torna cada vez mais frequente, o que aumenta a possibilidade de haver furtos de informações que podem transformar o período de descanso em um enorme pesadelo. 
    O Brasil é um dos países que mais utilizam a rede tanto para lazer quanto em atividades profissionais. A pesquisa TIC Domicílios de 2019 mostra que 70% dos brasileiros têm acesso à web seja por meio dos smartphones ou dos computadores,  sendo que boa parte do acesso é feito por WI-Fi aberta, uma comodidade que pode ter um preço muito caro. Além disso, 100% dos órgãos federais e estaduais utilizam a rede, e a presença no ambiente corporativo chega a 98%. Resumindo: um mar de oportunidades para os criminosos agirem.
    O ideal é evitar seu uso. Se você não tem outra escolha, use uma VPN (rede virtual privada) para proteger suas informações. A dica é do especialista em segurança cibernética, Airton Vieira Coelho, que concorda com o fato de que durante as férias muitas pessoas procuram economizar seu pacote de dados das telefônicas atrás da gratuidade oferecida pelos pontos públicos de Wi-Fi. Para ele, é um passo perigoso porque muitas pessoas utilizam seus laptops e celulares para fazer transações bancárias, acessar e-mails e resolver questões de negócios.
    “A rede compartilhada aberta não possui senha para conectar e, por isso, o trânsito das informações não são criptografadas. Um hacker, por exemplo, tem recursos para assumir a rede e, quando a pessoa entra na rede, todas as suas informações são capturadas. Imagina se, naquele momento, você efetua um pagamento que requer o uso de senhas? Alguém vê o que você está fazendo e o deixa a mercê desse criminoso”, explicou Airton.
    Os aeroportos e shopping centers estão entre os locais onde criminosos do cyber espaço costumam agir. Nesses pontos públicos transitam pessoas que comumente realizam algum tipo de compra pela internet e, de acordo com Airton, acabam sendo presas fáceis para essa categoria de bandidos. Por isso, o especialista alerta para evitar ao máximo, não apenas nas férias, como o ano todo, a utilização do WI Fi deve ser descartada. Ou, em um caso extremo. Neses casos, o especialista recomenda que não sejam feitas transações online.
    No entanto, há quem utilize com frequência WI-Fi público como forma de economia. O taxista Jaques Anderson Fernandes, de 45 anos, é daqueles que não perde uma chance de se conectar gratuitamente. Para ele, essa facilidade faz com que gaste menos com o pacote de dados que contrata de uma operadora. No entanto, garante não fazer nenhuma transação financeira via smartphone, já que conhece os riscos oferecidos pela rede local sem fio. “O máximo que faço é ligações e olhar o whatsapp. E, às vezes, clico no meu e-mail”, completou.

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