• Especialista acredita que tremores na Castelânea podem estar relacionados a causas naturais

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  • 05/03/2020 12:00

    Os tremores sentidos pelos moradores de duas vilas Inocêncio Crivellaro e Antônio Latsch, na Castelânea, podem ter ocorrido por causas naturais, é o que acredita o engenheiro Luis Carlos Dias de Oliveira, do curso de Técnicos de Edificações e Estradas do Cefet. Para ele, pode estar ocorrendo uma acomodação do maciço rochoso onde os abalos foram sentidos. O especialista defende que a Defesa Civil (DC) deveria buscar ajuda do Departamento de Recursos Minerais (DRM-RJ), do Serviço Geológico do Estado do Rio de Janeiro, para uma análise da região.

    “O DRM tem geólogos experientes e convênios com o Curso de Geologia da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, que têm condições de fazer uma análise e um estudo mais profundo dessa situação. Me inclino mais a acreditar em uma acomodação do maciço rochoso. Existem vários fatores que podem levar esses blocos a se movimentarem e só com estudos aprofundados na região poderemos ter certeza do que está acontecendo”, disse o engenheiro.

    Luis explica que variações fortes de temperatura, congelamento (no inverno), o fluxo de água nas fraturas, a elevação do nível d’água podem causar acomodações nos maciços rochosos. “Essas são possíveis causas, mas devo frisar que ainda existe muita incerteza nessa questão”, ressaltou o especialista.

    Os abalos começaram a ser sentidos no fim do ano passado e no domingo (1) foi o último episódio relatado pelos moradores. “A casa sacode toda, foi um susto quando aconteceu a primeira vez. Depois os episódios foram se repetindo e até agora ninguém sabe o que está acontecendo, ninguém sabe o que é”, comentou o morador da Vila Antônio Latsch, Rafael Rodrigues, de 40 anos.

    Na semana passada a Defesa Civil esteve na região e descartou, inicialmente, que causas naturais tenham causado os tremores relatados. Técnicos e o geólogo foram até a região vistoriar as casas, mas não encontraram rachaduras ou deslocamentos nos imóveis. “Estamos descartando a princípio causas naturais que possam ter causado esses tremores. Vamos encaminhar a questão para a Secretaria de Obras para levantar, através da fiscalização, se há construções no local que eventualmente utilizem explosivos”, disse o secretário de Defesa Civil, coronel Paulo Renato.

    Ontem, moradores da Conde D´Eu, também na Castelânea, relataram terem sentido os tremores. Os imóveis ficam no ponto final da rua e segundo o engenheiro fazem parte do mesmo maciço rochoso. “Os moradores tem que ficar atentos ao aumento da frequência dos estalos e temores. Qualquer conclusão neste momento seria precipitada”, frisou o engenheiro. Os moradores podem ligar para a Defesa Civil por meio do número 199.

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