• Escola sem partido?

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  • 20/08/2016 11:00

    Um dos grandes debates do presente momento é o projeto "Escola sem Partido". O que se vê são defesas calorosas e inflamadas com plenitude de ufanismos e eivada de sofismas de ambos os lados. Penso que na concepção dos criadores a situação seria de uma simplicidade assustadora. O deputado Izalci (PSDB/DF) apresentou, em 23.03.2015, o Projeto de Lei nº 867/2015, que inclui entre as diretrizes e bases da educação nacional o "Programa Escola sem Partido", cujos princípios são: neutralidade política, ideológica e religiosa do Estado, pluralismo de ideias no ambiente acadêmico, liberdade de consciência e de crença, liberdade de ensinar e de aprender, reconhecimento da vulnerabilidade do educando como parte mais fraca na relação de aprendizado, educação e informação do estudante quanto aos direitos compreendidos em sua liberdade de consciência e de crença e direito dos pais a que seus filhos recebam a educação moral que esteja de acordo com suas próprias convicções.

    Ocorre que a esquerda viu neste projeto uma arma que atingiria em cheio sua doutrinação e manipulação dos jovens nas escolas perdendo o que no futuro seria sua massa de manobra. Alguns filósofos midiáticos atuais como Luiz Felipe Pondé e Leandro Karnal, que escondem ao máximo suas tendências pró esquerda, se manifestaram contrários ao projeto e muitos embarcaram nesta canoa furada e desprovida de assertividade. Sim, porque o projeto veda que em sala de aula, seja praticada a doutrinação política e ideológica bem como a veiculação de conteúdos ou a realização de atividades de cunho religioso ou moral que possam estar em conflito com as convicções dos pais ou responsáveis pelos estudantes.

    O que realmente incomoda à esquerda é que o professor não poderá se aproveitar da audiência cativa dos alunos, para promover os seus próprios interesses, opiniões, concepções ou preferências ideológicas, religiosas, morais, políticas e partidária. Ou seja, acabará com uma doutrinação manipuladora do pensamento dos jovens e a estes não mais serão impingidos os falsos valores da esquerda.

    Os jovens nos últimos anos, após a ascensão do PT ao poder, vêm escutando nos bancos escolares um sem fim de elogios a uma esquerda que não deu certo em lugar nenhum do mundo. Não estou exagerando, tampouco radicalizando, pois a intenção não é esta, mas vejo sim, com bons olhos esta tentativa de se acabar com a transformação de nossos jovens em obtusos militantes futuros de hostes equivocadas.

    Quando falei acima acerca da simplicidade do projeto não estava me colocando em posição simplória com relação a este, mas sim em um posicionamento crítico ao bombardeamento do mesmo. Que Deus permita que este projeto passe e venha a integrar nosso cotidiano: as atuais e futuras gerações agradecerão em poucos anos.

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