• Escavações do metrô revelam muitas relíquias

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  • 28/01/2016 09:55

    Em 2013, a equipe de arqueologia contratada pelo Consórcio Linha 4 Sul encontrou cerca de 220 mil artefatos arqueológicos na região da Leopoldina, onde hoje estão estocadas as aduelas– anéis de concreto que formam os túneis entre Ipanema e Gávea da Linha 4 do Metrô. Desde então, o trabalho dos arqueólogos,coordenado por Claudio Prado de Mello, é triar, limpar,analisar e tombar as peças.“Nosso objetivo é que todas as 220 mil peças já estejam registradas quando o sítio for reaberto, no anoque vem. Sabemos que vamosresgatar mais milharesde peças e o volume de trabalhoserá grande de novo”,afirmou Claudio.O material resgatado em 2013 ficou armazenado em dois depósitos grandes,em sacos numerados, ainda com a terra do local onde foram encontrados. Todos os dias, os sacos são abertos,o material é peneirado,passa por triagem, é limpo e colocado para secar. Seestiver em pedaços quepossam ser colados, sãoconsolidados em peças inteirasou o mais próximodisso. Depois, os artefatossão tombados (registrados)e identificados de acordocom o material e o estilo.

    Peças de 3 mil anos

    Deste trabalho, foram identificadas cerca de 50 artefatos de pedra (pontas de lança, batedores e raspadores)e mais de 700 conchas características da Pré-História. São peças de 3 a 4 mil anos atrás, do período quando os paleoindios, que circulavam pelas terras ao redor da Baía de Guanabara,eram caçadores-pescadores,coletores e nômades. Todo o trabalho é coordenado pelo Governo do Estado e o Consórcio Linha 4 Sul, e tem a fiscalização federal do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e municipal do Instituto Rio Patrimônio da Humanidade (IRPH).

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