• Energia: Região Serrana tem o pior serviço

  • Continua após o anúncio
  • Continua após o anúncio
  • 17/07/2017 11:15

    Um estudo divulgado esta semana pela Firjan sobre a qualidade de energia elétrica do Estado do Rio de Janeiro, revelou que a Região Serrana tem os piores indicadores de distribuição do serviço. Se somarmos todas os índices das 15 cidades que compõem a região, elas ficaram 418,78 horas sem luz e registraram 197,93 interrupções no recebimento de energia.

    De acordo com o estudo – Retrato da Qualidade da Energia do Estado do Rio de Janeiro – só nas três maiores cidades da Região Serrana – Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo – a interrupção de energia elétrica aconteceu 42,64 no ano de 2016. Só em Petrópolis, foram 18,54 vezes totalizando 30,43 horas sem luz. Em Friburgo foram 10,74 horas e em Teresópolis o número é ainda maior, foram 44,94 horas sem energia no ano passado.

    A situação é pior em cidades menores. São José do Vale do Rio Preto ficou 54,36 horas sem luz. Em Sumidouro foram 43,81 horas sem o serviço e Trajano de Morais, foram 30,45 horas no escuro. Ainda de acordo com o estudo, São José teve o serviço interrompido por 29,49 vezes, Sumidouro, 18,30 e Trajano 11,90 vezes.

    Segundo uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) em 2016, 2/3 das indústrias registram prejuízos devido às falhas no fornecimento. As perdas são causadas principalmente por interrupção na produção, inutilização de material, perda de dados com queda nos sistemas e acionamento de geradores. Para os segmentos intensivos no uso de energia elétrica (nos quais pode corresponder a mais de 40% dos custos de produção), paradas de poucos segundos podem ocasionar prejuízos de milhares de reais.

    Os municípios da Região Serrana do Rio de Janeiro contam com atividades industriais intensas com polos que são altamente prejudicados com as constantes falhas no fornecimento de energia elétrica. Para evitar os transtornos com perdas de produção e gastos para manter as máquinas em funcionamento, a Firjan acredita que é preciso criar indicadores que mensurem interrupções abaixo de três minutos (que prejudicam o processo de produção) e criar condições para o desenvolvimento de um mercado de energia elétrica com qualidade e preço especial para a indústria. 



    Últimas