• Empresas de transporte público e Sindicato dos Rodoviários cobram ajuda a Prefeitura para evitar demissões no setor

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  • 19/04/2020 17:00

    Para evitar demissões e também um colapso no setor de transporte público em meio à pandemia do novo coronavírus, as empresas de ônibus e o Sindicato dos Rodoviários querem que a Prefeitura garanta subsídios para manter a operação. Segundo o Sindicato das Empresas de Transportes de Petrópolis (Setranspetro), nas últimas semanas houve um aumento de 5% na quantidade de usuários, mas o setor ainda opera com uma redução de 75%, o que, segundo as empresas, inviabiliza a manutenção do serviço sem que haja um aporte financeiro por parte do setor público.

    “Houve um aumento muito discreto na quantidade de usuários e boa parte desse aumento é de gratuidade. Essas últimas semanas foram de pagamento de benefícios do INSS e salários, o que fez mais pessoas saírem de casa e utilizarem o transporte público. Mas o número ainda é muito baixo para manter o equilíbrio financeiro das empresas. Sem um aporte financeiro por parte do governo municipal, como muitas prefeituras vêm fazendo, vai ficar inviável manter os empregos ou até mesmo a operação”, alertou a gerente operacional do Setranspetro, Carla Rivetti.

    Ela cita os casos das prefeituras do Rio de Janeiro, São Paulo, Campinas, Salvador e Porto Alegre, que anunciaram subsídios para as empresas de ônibus. “Neste mês de abril os salários foram pagos, mas não há como garantir o mesmo para o mês de maio, assim como não temos como garantir por quanto tempo mais vamos conseguir segurar os empregos”, disse Rivetti. “Sem qualquer ajuda do poder público, fica inviável garantir qualquer coisa”, ressaltou.

    No mês passado, as empresas de ônibus e o sindicato dos trabalhadores firmaram um acordo para garantir a manutenção dos empregos dos mais de dois mil rodoviários por 90 dias. O acordo foi comemorado pela categoria, mas, segundo o presidente do Sindicato dos Rodoviários, Edson Oliveira, a situação pode se agravar sem uma ajuda do poder público. “Estamos em conversas frequentes com as empresas de ônibus e entendemos a situação. O acordo está de pé e precisamos da ajuda do prefeito para que ninguém seja demitido. Agora é hora dele fazer sua parte, assim como outros prefeitos estão fazendo”, disse o sindicalista.

    Tanto o Setranspetro quanto o Sindicato dos Rodoviários informaram que já protocolaram pedidos de reuniões com o prefeito Bernardo Rossi e com representantes da Companhia Petropolitana de Trânsito (CPTrans), mas os ofícios não foram respondidos até o momento. Entre as propostas apresentadas pelo Setranspetro está o subsídio para o pagamento das passagens dos clientes que usam a gratuidade, a isenção do Imposto Sobre Serviço (ISS), suspensão por 180 dias da integração tarifária temporal, prorrogação do prazo de 180 dias para pagamento de multas e taxas administrativas e aporte de verbas para ajudar na folha de pagamento dos rodoviários.

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