• Empreendedoras apostam na criatividade para o sucesso das vendas

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  • 06/08/2017 08:50

    Uma pesquisa elaborada pelo Sebrae em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) para o Anuário das Mulheres Empreendedoras e Trabalhadoras em Micro e Pequenas Empresas aponta que o número de mulheres empreendedoras cresceu 21,4% nos últimos dez anos. O número aponta ainda que, dentre elas, 41,3% têm entre 18 e 39 anos e 52% têm entre 40 e 64 anos. Os dados mostram a maior capacidade da mulher em ser responsável por gerir o seu próprio negócio. Segundo o Portal do Empreendedor, em Petrópolis, são 20.046 MEIs.

    Exemplos desta liderança nos empreendimentos femininos são Nathália Nogueira, de 29 anos, e Cátia Costa, de 28 anos, que resolveram apostar em seus próprios negócios. Cátia, que é formada em moda, trabalhava como revendedora de semijoias e resolveu inverter a posição. “A moda abrange vários segmentos. E não tem como falar de moda sem falar em joias. Depois que me formei, trabalhei, por quatro anos, como modelista em uma loja, onde conciliava meu horário com a venda das joias, que garantia  uma renda extra. Vendia bastante e pensei: porque não criar minha marca, vender por conta própria e ter o lucro para mim? A princípio deu certo, mas aluguei uma sala em um local que não era apropriado para as vendas. O síndico não gostava do entra e sai das clientes, então tive que me mudar”, disse.

    Nathália, que era vendedora em uma loja, resolveu ter sua marca depois que ficou desempregada. “ Sempre trabalhei com roupa. Trabalhei por sete anos em uma loja e, depois que fechou, fiquei sem saber o que fazer. Então, resolvi criar minha marca e comecei a vender as roupas em casa. Às vezes ia até as clientes, tipo sacoleira mesmo. Porém, senti a necessidade de ter um espaço mais cômodo para as vendas”, contou.

    Cátia e Nathália, que são cunhadas, se uniram para dar mais visibilidade para as suas marcas e conforto à clientela. “Conversamos e começamos a procurar uma sala. Tinha que ser no Centro, onde o acesso fosse fácil para as pessoas. Como já tínhamos os nomes, contratamos uma pessoa que criou as identidades. Enfim, depois, pronto: encontramos um espaço que era o que precisávamos e que ia nos atender, perfeitamente”, contou Cátia.

    Com o showroom montado, Nathália e Cátia, pensaram em como conquistar e manter a clientela. “Na loja você tem a vitrine como forma de atrair as pessoas. Aqui temos que ter dedicação. Trabalhamos com um atendimento exclusivo. Não queremos que as nossas clientes sejam só mais uma, queremos que elas se sintam bem atendidas e que saiam daqui satisfeitas. Como temos flexibilidade com o horário, podemos agendar para que elas tenham privacidade e que se sintam à vontade para experimentar as roupas e as joias. Achamos que esse diferencial é o segredo do sucesso”, ressaltou Nathália

    Preste a completar um ano, o espaço, que já é badalado, tem clientes fiéis que já se sentem em casa, como diz a dupla. “Tem gente que vem aqui só para conversar. Passam a tarde aqui com a gente. Oferecemos um lanche, batemos um papo e fica tudo bem. Criamos um laço de amizade, o que, para nós, é muito importante. A cada lançamento oferecemos um coquetel e acaba que o showroom vira ponto de encontro. Já rolou até happy hour aqui”, diz Cátia. Nathália ressalta que, com o laço de amizade, cria peças já pensando na cliente. “Às vezes a intimidade é tanta que só de olhar sabemos que a pessoa vai gostar daquela peça”, disse.

    “As vendas são importantes, mas, em tempo de crise, nosso objetivo é fidelizar os clientes. Não queremos que as pessoas entrem aqui, olhem as peças e vão embora. Queremos a satisfação do cliente”, finalizou Cátia.

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