• Em tempos de maus exemplos a ética prevaleceu

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  • 22/02/2017 12:00

    Bombardeados com péssimos exemplos que vieram de cima para baixo nos últimos anos, a sociedade brasileira se tornou incrédula quanto a moral e os bons costumes, essencialmente no que diz respeito à máquina pública. Diante desse cenário, a postura dos policiais militares do Rio de Janeiro merece o reconhecimento de todos, pois diferentemente dos colegas capixabas, demonstraram seriedade e comprometimento com a população. Um exemplo de ética profissional que prevaleceu mesmo diante de tanta adversidade.

    Na realidade, com o passar do tempo, as atitudes de honestidade e bom senso surpreendem o cidadão, comprovando a inversão de valores e princípios que a evolução dos tempos nos trouxe de carona. Num cenário caótico, muita coisa ruim, infelizmente, caiu no censo comum, tornando as atitudes boas a exceção da regra.

    Independente da restrição que a constituição brasileira impõem para a classe policial no que diz respeito a paralisações e greves, no Espírito Santo, sob o argumento da intervenção dos familiares, os policiais se omitiram por dias, tendo como consequências a desordem, a violência generalizada, roubos e inúmeras mortes. Momentos de terror para os cidadãos de bem que não tiveram a quem recorrer.

    São justas as reivindicações de melhorias que, inclusive, são inerentes às polícias de todo o país, especialmente a militar. Mas, com muita propriedade e sensatez, cariocas e fluminenses, agiram racionalmente, medindo as consequências para si e para o povo.

    A crise está generalizada, o estado passa por sérias dificuldades, os servidores amargam uma situação sem precedentes e o cenário é desolador. No entanto, em meio a tudo isso, nos depararmos com uma agenda positiva, vinda, justamente, de uma categoria tão questionada e criticada, nos dá a certeza de que nem tudo está perdido.

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