• Eleições 2020: Tribuna entrevista o pré-candidato a prefeito Ramon Mello sobre planejamento

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  • 30/08/2020 10:00

    O petropolitano Ramon Mello é pré-candidato pelo Avante. É advogado, casado com Teresinha e pai do Pedro. Além do Direito, Ramon é professor formado pelo Colégio Estadual Rui Barbosa. Trabalhou no comércio e na indústria de Petrópolis, além de ter sido servidor público municipal. Hoje advoga e é assessor jurídico do deputado Luiz Paulo. Ramon elaborou o pedido de impeachment do governador Witzel, apresentado pelo deputado Luiz Paulo na Alerj. Ramon que propôs o projeto que virou lei acabando com a indústria da multa, depósitos e reboques no Estado.

    Para governar uma cidade que vem acumulando problemas, boa parte deles por falta de planejamento urbano, como sua gestão pretende atuar em relação ao Plano Diretor? E Qual será a prioridade na formação de equipe técnica para o planejamento da cidade?

    Quanto ao Plano Diretor, é fundamental que a gente respeite e seja legalista. Sou advogado e, nesse sentindo, precisamos cumprir o ordenamento. Enquanto gestor, vou dar o tom do meu governo, montar uma boa equipe. Uma equipe que reúna a sensibilidade para entender as demandas da população, mas que também tenha capacidade técnica e conhecimento em suas áreas de atuação. O que não dá é pra continuar da forma que está, sem nenhuma organização, sem comando por parte da Prefeitura. 

    Petrópolis é uma cidade que precisa ser preservada, sobretudo, por sua importância histórica para o país.  Como o planejamento, na sua gestão, vai atuar aliando o desenvolvimento econômico à preservação?

    Precisamos de políticas públicas para alinhar o desenvolvimento econômico e a preservação. No primeiro distrito, precisamos trabalhar na preservação do patrimônio cultural e histórico, com algo real no sentido de proteção, inclusive com o Meio Ambiente. Já nos distritos, há o patrimônio ecológico, que precisa ser aliado ao desenvolvimento. Vou ser um prefeito que vai respeitar e entender nossa história, e, acima de tudo, que vai ter a criatividade necessária para preservar o que já existe e dar dignidade ao petropolitano, com trabalho.

    Não basta atrair empresas e construções para fazer a economia girar em uma cidade. E Petrópolis tem topografia e adensamento urbano que são um desafio. E prefeitura deve atuar dando a infraestrutura necessária para novos empreendimentos. Como a sua gestão vai agir neste sentido?

    Respeitosamente, vou fazer bem diferente do que o atual governo fez na cidade. Acho inconcebível que empreendimentos sejam liberados sem um estudo claro do impacto que eles terão na vida do petropolitano, abrangendo mobilidade urbana, saneamento, oportunidades de emprego, saúde e educação. Não posso aceitar que seja feita da forma como é hoje, sem qualquer critério. Defendo, sim, a construção civil e a geração de empregos, mas isso deve ter regrado e de forma decente, respeitando a população.

    O planejamento é apenas o pontapé inicial.  E ele dá as diretrizes não apenas para a iniciativa privada, mas também para o poder público. Além de implementar o que foi planejado é preciso fiscalizar.  Petrópolis tem uma deficiência história em fiscalização por falta de recursos humanos e instrumentos. Como sua gestão vai mudar isso?

    Vou fazer em Petrópolis o que comecei no Estado, com o deputado Luiz Paulo, apresentando à Câmara um projeto de lei com o documento de enquadramento urbanístico ambiental, para que as concessionárias de energia e água exijam do cidadão o licenciamento da sua obra, antes que seja instalado o padrão de luz e o hidrômetro. Não quero impedir ninguém de fazer obras, mas preciso impedir que vidas sejam perdidas. Quero preservar a vida dos petropolitanos, evitar que o cidadão construa em áreas de risco. Só se resolve isso com planejamento e com o apoio que a Prefeitura precisa dar ao cidadão.

    Ouça a entrevista completa em podcast: 

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