• Eleições 2020: Tribuna entrevista o pré-candidato a prefeito Ramon Mello sobre Cultura e Turismo

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  • 06/09/2020 06:00

    O petropolitano Ramon Mello é pré-candidato pelo Avante. É advogado, casado com Teresinha e pai do Pedro. Além do Direito, Ramon é professor formado pelo Colégio Estadual Rui Barbosa. Trabalhou no comércio e na indústria de Petrópolis, além de ter sido servidor público municipal. Hoje advoga e é assessor jurídico do deputado Luiz Paulo. Ramon elaborou o pedido de impeachment do governador Witzel, apresentado pelo deputado Luiz Paulo na Alerj. Ramon que propôs o projeto que virou lei acabando com a indústria da multa, depósitos e reboques no Estado.

    Em Petrópolis as áreas de Cultura e Turismo andaram de mãos dadas durante muitos anos. Evidentemente, elas estão interligadas, mas ao mesmo tempo são independentes  em gestão, objetivos e resultados.  Isso trouxe atraso para os dois setores? Como avançar nos dois segmentos?

    Qualquer área da administração de Petrópolis precisa, primeiramente, de um prefeito que tenha honestidade. Cultura e Turismo estão diretamente ligados, mas precisamos de medidas públicas mais efetivas. Não podemos deixar tudo desorganizado como está, nem com a falta de compreensão que há entre o meio cultural e o poder público. Os compromissos assumidos devem ser cumpridos, diferente do que se vê atualmente, com artistas da nossa cidade sem receber por seus trabalhos e sem nenhum amparo, precisando oficiar a Prefeitura sobre os problemas. Vou ser um prefeito que ouve o povo.

    O calendário anual de eventos é bem direcionado a atrair turistas, ainda que as atrações também tenham a participação de moradores. O petropolitano, no entanto, cobra mais ações voltadas para a Cultura de forma permanente e não apenas nos chamados “grandes eventos”.  Como sua gestão vai lidar com a Cultura?

    Em Petrópolis, o turista evidentemente deve ser respeitado e valorizado, já que nossa atividade econômica depende bastante disso. Porém, quero que o petropolitano tenha o mesmo prestígio que os turistas. Na minha gestão, um dos primeiros projetos vai ser uma Parceria Público Privada no Parque de Exposições, em Itaipava. Vamos, primeiro, acabar com os cabides de emprego. Depois, iniciaremos as parcerias, sempre garantindo a entrada gratuita e a qualidade dos serviços. Quero que os petropolitanos tenham dignidade acima de tudo, em especial em seus momentos de descanso e lazer. 

    Os grandes eventos na cidade movimentariam  cerca de R$ 400 milhões por ano. Comércio e trade turístico seriam os maiores beneficiados. Como fazer com que os grandes eventos aumentem a renda e valorizem as pessoas que vivem do trabalho artístico? Como fazer com que a ascensão do turismo na cidade movimente outras cadeias produtivas?

    Vou criar um setor na Prefeitura que faça o serviço de despachante, visando facilitar a vida dos produtores de eventos na cidade. Assim, quem estiver na organização vai até a Prefeitura, e lá vai conseguir resolver toda a documentação necessária para que o evento aconteça, sem burocracia. Quero que minha gestão fomente os eventos que serão produzidos na cidade. A Cultura precisa ser produzida pela iniciativa privada, tendo a Prefeitura como um catalisador e, claro, sempre priorizando e prestigiando os produtores locais.

    A cultura e o turismo foram duramente afetados pela pandemia da Covid-19 em 2020. Qual o projeto de sua gestão para fomentar estes setores nos próximos quatro anos?”.

    Vou criar um setor na Prefeitura que faça o serviço de despachante, visando facilitar a vida dos produtores de eventos na cidade. Assim, quem estiver na organização vai até a Prefeitura, e lá vai conseguir resolver toda a documentação necessária para que o evento aconteça, sem burocracia. Quero que minha gestão fomente os eventos que serão produzidos na cidade. A Cultura precisa ser produzida pela iniciativa privada, tendo a Prefeitura como um catalisador e, claro, sempre priorizando e prestigiando os produtores locais.Um dos passos que podem servir de incentivo para os artistas vai ser a desburocratização para produzir eventos culturais na cidade. Antes de qualquer coisa, precisamos apoiar os profissionais nestas áreas, que são muitos, ouvindo diretamente da classe quais são as prioridades. Vou, também, respeitar os artistas, pagando-os o que é combinado e produzindo editais concretos e sem irregularidades para a produção de projetos, diferente do que é visto hoje e que ficou ainda mais evidente durante a pandemia.

    Ouça a entrevista completa em podcast:

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