• Eleições 2020: Tribuna entrevista o pré-candidato a prefeito Paulo Mustrangi sobre qualidade de vida e bem-estar social

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  • 13/09/2020 08:00

    Paulo Roberto Mustrangi de Oliveira é pré-candidato pelo Solidariedade. É brasileiro, casado, aposentado, nascido e residente no Bairro Itamarati. É bacharel em Direito pela Universidade Católica de Petrópolis. Foi vereador, presidente da Câmara, deputado estadual e prefeito da cidade entre 2009 e 2012. Desde 2015 Trabalha com a família na empresa de massas artesanais que criou, no Itamarati.   

    Qualidade de vida e bem estar social são considerados fundamentais por gestores de países com progresso avançado. Eles consideram que segurança, trânsito humanizado, soluções sustentáveis e acesso à tecnologia são itens essenciais para o bem estar social.  Quais são seus projetos para Petrópolis em qualidade de vida?

    A boa gestão depende de orientações técnicas que garantam a sustentabilidade econômica, ambiental e social. Vamos envolver a sociedade em um amplo debate, sustentado e amparado em ferramentas legais como Estatuto da Cidade, Lupos e Plano Diretor para construirmos políticas públicas colaborativas e que espelhem o anseio da sociedade. Vamos elaborar projetos planejados para construirmos uma cidade inclusiva, participativa e integrada com os setores econômicos e sociais, garantindo a universalização dos serviços públicos.

    Maior PIB da região serrana e oitava economia do estado, Petrópolis tem 10 mil pessoas em situação de extrema pobreza segundo o IBGE.  Em mais de  3 mil domicílios, os moradores não dispõem de renda ou então recebem apenas benefícios do governo. Pelo menos 8 mil pessoas sobrevivem com renda de R$ 250 por mês.   Como a sua gestão vai tirar as pessoas desta situação?

    Quando prefeito implantei o programa de renda mínima chamado Cartão Imperial, que beneficiava 8 mil famílias. O serviço era integrado ao Banco do Povo para o fomento do microcrédito, voltado para projetos familiares de trabalho e renda. A casa do Trabalhador, também inaugurada por nós, articulava políticas públicas para garantir o fomento econômico e social dessa parcela da sociedade. Experiência e capacidade de articulação serão determinantes para alavancar oportunidade no mercado de trabalho.

    Não se pode falar em qualidade de vida e bem estar social quando há famílias em áreas de risco e Petrópolis é destaque no país com 234 locais propensos a desastres em função das chuvas. São 72 mil pessoas, cerca de 25% da população, vivendo em áreas de risco.  Qual será a política habitacional da sua gestão?

    É necessário identificar as áreas disponíveis e adequadas para a construção de habitação de interesse social e é fundamental que a Prefeitura acione órgãos como Caixa Econômica, Governos Estadual e Federal e bancos privados interessados em investir. Vamos assegurar projetos habitacionais que garantam ocupação segura, com infraestrutura de lazer, saúde, mobilidade e educação. A prefeitura precisa investir na construção de contenções, drenagem, infraestrutura nas comunidades para garantir segurança aos moradores.

    A população de rua em Petrópolis  é de cerca de 140 pessoas.  Os moradores de rua não estão apenas no Centro histórico, mas também nos bairros. Acolhimento, alimentação e até mesmo atendimento em saúde são oferecidos a essa população. No entanto, a maioria faz uso de drogas, apresenta deficiência mental ou tem falta de capacidade para o trabalho. Qual a sua proposta para reinseri-los na sociedade?

    A prefeitura possui uma rede de acolhimento que precisa ser melhor articulada entre os equipamentos existentes. É necessário fazer um diagnóstico do perfil da população em situação de rua, identificar a vulnerabilidade social e preparar o encaminhamento para as equipes multidisciplinares. Assim será possível determinar os cuidados, orientação e a promoção social capaz de resgatar a dignidade e a cidadania.

    Ouça a entrevista completa em podcast:

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