• Eleições 2020: Tribuna entrevista o pré-candidato a prefeito Matheus Quintal sobre mobilidade urbana

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  • 09/08/2020 08:00

    Matheus Quintal é pré-candidato a prefeito pelo Republicanos.

    As últimas obras estruturais, que interferiram diretamente na mobilidade urbana foram a duplicação da Barão do Rio Branco e da Rua Bingen, na década de 70. Desde então, Petrópolis não teve avanço na sua estrutura viária. Como sua gestão vai tratar a mobilidade urbana?

    Mobilidade urbana e o plano diretor são a bússola que orienta o crescimento da nossa cidade. Hoje, infelizmente, o plano não é respeitado. Quero desenvolver os distritos com transporte coletivo de excelência, melhorando a qualidade dos terminais e da frota, racionalizando as linhas com inteligência, controle e transparência na política tarifária. Outra proposta que será analisada é a criação de linhas turísticas na região do centro histórico e área de compras para diminuir o fluxo de veículos e pressão por vagas nessas áreas.

    Petrópolis tem hoje um Plano de Mobilidade Urbana, o primeiro da cidade e que dá as diretrizes para o setor até 2029. Qual será sua prioridade na execução do plano de mobilidade? A ausência de melhorias na BR-040, principalmente, a falta nova pista, pode interferir na execução do plano de mobilidade? Como será tratada a questão do estacionamento rotativo e ciclovias?

    O plano de mobilidade foi feito às pressas e precisa ser debatido. Tenho um compromisso com a cidade: toda obra viária vai priorizar o transporte coletivo. Vamos estudar, por exemplo, a implantação de corredores de ônibus. Ciclovias serão incentivadas para viagens curtas. Mas vamos rever o contrato do estacionamento rotativo, que é caro e com um serviço péssimo. A passividade do atual prefeito sobre a BR-040 é vergonhosa. A rodovia é importante. Mas nosso foco será melhorar a mobilidade dentro de Petrópolis.

    As empresas ônibus da cidade reclamam de queda de passageiros, que seria um dos motivos para o preço atual da tarifa. Por outro lado, os usuários reclamam de ônibus cheios, filas e poucos  horários. Existe a concorrência do transporte por aplicativo e o fato dos moradores estarem  usando mais carros e motos, o que aumenta os gargalos no trânsito. Como equilibrar este cenário e melhorar o trânsito na cidade?

    Eu nunca vi empresário de ônibus elogiar o valor da tarifa. E eles estão cada vez mais ricos e poderosos. Empresário que vier reclamar do valor da tarifa, poderá devolver a concessão para fazermos nova licitação. Nossa proposta para Petrópolis é clara: revisão das linhas de ônibus para racionalizar e reduzir o tempo de viagem; transparência na tarifa; renovação da frota com combustível limpo; acessibilidade e conforto. Com transporte bom e barato, as pessoas abandonam o transporte individual, que engarrafa e é caro.

    A mobilidade urbana requer a conservação e modernização das vias da cidade. Nos distritos, há duas situações: escoamento de produção rural em ruas ainda de terra batida e engarrafamentos nas áreas urbanas por conta dos veranistas e turistas.  Em toda a cidade, de uma forma geral, há cobranças por pavimentação. Como investir em pavimentação e, principalmente, fazer a manutenção das vias com os recursos de orçamento da prefeitura?

    O crescimento de Petrópolis passa pelos distritos, onde é preciso melhorar a qualidade do transporte e tempo de deslocamento. Mas o investimento em ampliação da malha rodoviária é questão de prioridade e inteligência. Precisamos buscar recursos com nossa bancada em Brasília e no Governo para não permitir que essas melhorias dependam só do orçamento municipal. Para termos turismo sem engarrafamento, vou criar estacionamentos fora do centro com tarifa integrada a linhas turísticas.

    Ouça a entrevista completa em podcast:

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