• Eleições 2020: Tribuna entrevista o pré-candidato a prefeito Matheus Quintal sobre administração pública

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  • 02/08/2020 08:00

    Matheus Quintal é pré-candidato a prefeito pelo Republicanos.

    De um lado o cidadão que reclama de atendimento ruim nos serviços públicos e, de outro, servidores insatisfeitos com condições de trabalho e salários. A máquina pública se mostra pesada, lenta e com ferramentas obsoletas. O desafio é otimizar a administração, reduzir gastos e aumentar a produtividade para executar políticas públicas. Como fazer isso com o efetivo de pessoal e ferramentas que existem hoje na prefeitura?

    Uma administração comprometida precisa ter rigor fiscal, respeitando os limites da Lei de Responsabilidade Fiscal e focando em eficiência nos gastos com a máquina pública para evitar que se crie uma bola de neve. Nossa gestão passará pela melhoria no serviço público através da tecnologia: automatizando o atendimento e reduzindo a burocracia. Onde a presença humana for indispensável, vamos avaliar o que pode ser compartilhado com a iniciativa privada. Vamos rever as rotinas junto com os servidores para eliminar excessos, e valorizar o serviço a partir de restabelecimento de metas de eficiência.

    Os servidores municipais tiveram nos últimos anos apenas um reajuste salarial de 4,3%.  São 9 mil servidores e mais 3 mil aposentados e pensionistas. A prefeitura é a maior empregadora da cidade. Como valorizar o servidor e cobrar melhor desempenho  para atender ao cidadão?

    A atual gestão nada fez para melhorar o serviço público. Um gestor sério deve ter o mapeamento do quadro de pessoal, analisar as carreiras, e principalmente, fazer contas. Petrópolis demanda um choque de gestão na área administrativa capaz de colocar a mão de obra onde temos deficiência e investir em qualificação. Quero montar uma grade de cursos para a capacitação dos servidores. Tudo isso somado a metas que cada órgão e servidor terão que atingir para obter bônus anuais.

    Sendo eleito, como será a condução das despesas de pessoal em seu governo. Hoje a prefeitura gasta cerca de 51% de sua receita com pagamento dos servidores e ainda precisa solucionar contratações feitas por RPA (Recibo de Pagamento a Autônomo) em várias secretarias, em especial, Saúde e Educação.

    A contratação de autônomos sem concurso ou qualquer direito trabalhista – os RPAs – é vergonhosa e criminosa. A atual gestão já foi obrigada pela Justiça a interromper esse modelo de contratação na cidade. Essa é uma bomba-relógio que o próximo prefeito terá nas mãos, um modelo que só serve para acomodar indicados políticos. Buscar parcerias e convênios na Saúde. Na Educação serão analisadas as habilidades dos profissionais com cuidado para não prejudicar o ano letivo.

    Na administração pública, os cargos de chefia são ocupados por indicações do prefeito. Nem sempre são escolhidas pessoas tecnicamente preparadas para conduzir as pastas. Como será escolhida a sua equipe de governo? O apoio político vai significar ocupação de espaços importantes em secretarias da sua gestão?

    Cargos de chefia serão ocupados por pessoas capazes e comprometidas com o plano de governo. Quem sentar ali precisa ter compromisso com a entrega de resultados, seja do corpo técnico da Prefeitura ou da iniciativa privada. O Brasil tem todo tipo de exemplo. Tivemos economista como Ministro da Saúde que avançou no programa de AIDS e concursados da Petrobras condenados na Lava-Jato. A tônica que deve prevalecer é uma só: preparo e dedicação na sua função.

    Ouça a entrevista completa em podcast:

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