Eleições 2020: Tribuna entrevista o pré-candidato a prefeito Marcus Curvelo sobre Cultura e Turismo

Marcus Curvelo é pré-candidato pelo PSB.

Em Petrópolis as áreas de Cultura e Turismo andaram de mãos dadas durante muitos anos. Evidentemente, elas estão interligadas, mas ao mesmo tempo são independentes  em gestão, objetivos e resultados. Isso trouxe atraso para os dois setores? Como avançar nos dois segmentos?

Estes são segmentos muito importante da cidade, que precisam ter o seu protagonismo. Na cultura, vamos criar eventos no calendário, gerando novos empregos para a classe artística local. No turismo, a adoção de uma política de desburocratização irá atrair novos investimentos em hotéis e pousadas para o município. Os guias de turismo também precisam ser valorizados. O caminho principal para que Petrópolis deslanche nesta área é ter visitabilidade, ou seja, uma cidade que seja boa para os moradores e para receber os turistas.

O calendário anual de eventos é bem direcionado a atrair turistas, ainda que as atrações também tenham a participação de moradores. O petropolitano, no entanto, cobra mais ações voltadas para a Cultura de forma permanente e não apenas nos chamados “grandes eventos”.  Como sua gestão vai lidar com a Cultura?

É preciso tratar a cultura não apenas com um calendário de eventos muito bem elaborado, mas também com foco no morador de Petrópolis. Vamos investir em uma série de eventos nas comunidades, atraindo os jovens. Esta é uma prioridade, pois está ligada diretamente à criação de novas oportunidades. É preciso ter uma cidade viva, atraente para o morador. Este calendário interno valoriza aspectos culturais locais, gerando uma sensação de autoestima.

Os grandes eventos na cidade movimentariam  cerca de R$ 400 milhões por ano. Comércio e trade turístico seriam os maiores beneficiados. Como fazer com que os grandes eventos aumentem a renda e valorizem as pessoas que vivem do trabalho artístico? Como fazer com que a ascensão do turismo na cidade movimente outras cadeias produtivas?

O grande desafio de Petrópolis é fixar o turista na cidade, fazendo com que ele fique mais de um dia no município, de preferência ficando todo o final de semana, beneficiando toda a cadeia de comércio e serviços. Temos que estimular, via Lei de Incentivos Fiscais, o setor de hotelaria, com a construção de mais leitos. Outro vetor importante é o turismo de negócios, que garante sustentabilidade na cadeia hoteleira da cidade durante a semana.

A cultura e o turismo foram duramente afetados pela pandemia da Covid-19 em 2020. Qual o projeto de sua gestão para fomentar estes setores nos próximos quatro anos?

Provavelmente este foi o primeiro setor a parar e o último a voltar à normalidade. O que precisa ser feito é explorar as oportunidades que a crise traz. Nos próximos anos, o turismo de proximidade, com viagens curtas, será muito forte. Petrópolis tem que saber ser atrativa para este turista, vendendo a cidade, para que a gente possa, de fato, desenvolver o turismo. O município precisa, ainda, criar um selo de segurança para os estabelecimentos que respeitem as regras sanitárias, gerando confiança nos visitantes.

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