• Eleições 2020: Tribuna entrevista o pré-candidato a prefeito Marcos Novaes sobre desemprego

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  • 26/07/2020 08:00

    Marcos Novaes é pré-candidato a prefeito pelo PDT. É empresário da área de pesquisas. Nasceu em Itajaí, Santa Catarina, e chegou a Petrópolis aos seis anos de idade. Foi alfabetizado no antigo colégio EPA, onde fez também o estudo fundamental. Fez a primeira comunhão no Sagrado e cursou o antigo ensino médio nos colégios Werneck e Opção. Começou a fazer política ainda na época da ditadura. Em 1979, aos 13 anos, participou da fundação do Movimento de Direitos Humanos de Petrópolis, sob a liderança do então frei Leonardo Boff. Foi presidente da APE, presidente da Comdep e vereador por um mandato (2005 a 2008). 

    1- Quais os acertos e erros do governo municipal nos últimos anos na geração de emprego e renda em nossa cidade?

    O erro básico é não ter feito um diagnóstico claro da situação sócio-econômica de Petrópolis e não ouvir quem trabalha e gera emprego. O governo local está há anos parado no tempo, sem contribuir para dar rumo à cidade. Isso desde muito antes da pandemia. Essa omissão fica clara com os números do CAGED, o cadastro de emprego no Brasil, cujos dados para Petrópolis a Tribuna publicou dias atrás. Tenho estudado o assunto e os números do CAGED mostram Petrópolis como quem mais perdeu empregos dentre os vinte municípios brasileiros mais próximos do nosso em população e orçamento.

    2- Ainda dentro do tema desemprego, sendo eleito, quais serão as suas primeiras ações ao assumir a administração pública com o objetivo de gerar emprego e renda em Petrópolis?

    Vou lançar o maior plano de recuperação econômica da cidade. Será um trabalho central nos quatro anos de governo. Mas não há ação eficaz pelo emprego sem três medidas iniciais: 1- diagnóstico preciso da realidade; 2- estabelecer conexões transparentes com trabalhadores e empresários, e entre eles, pois gerar empregos interessa a todos; 3-montar um grande banco de dados com todo o acervo de equipamentos e mão de obra de Petrópolis, com sua qualificação. Nesse esforço inicial vou criar a Câmara Virtual para o Emprego, para onde vou convergir toda informação reunida e anúncios de vagas abertas.

    3- No âmbito municipal (sem contar os esforços do estado e união) quais deveriam ser as ações para acolher e proteger as empresas durante a pandemia?

    O principal trabalho da prefeitura nessa matéria é criar conexões com as empresas para enxergar alternativas novas ali onde parece não haver nenhuma. Primeiro, será necessário conhecer duas realidades diferentes: 1- empresas que sucumbiram à pandemia e 2- empresas que resistiram, mas ainda precisam de ajuda. Para as que sucumbiram, fazer o inventário do que pode servir para novos negócios e orientá-los; para as que resistiram, ajudar a identificar possibilidades de novos mercados e ajudar no acesso a inovações que elas não possam buscar sozinhas e financiamento para alavancar novos negócios.

    4- A pandemia do coronavírus coloca em evidência o problema do desemprego em Petrópolis com mais de 5 mil demissões em apenas dois meses. Por quanto tempo você acredita que haverá consequências na economia da cidade? E como retomar o crescimento?

    Como Petrópolis não combate as conseqüências da pandemia de maneira correta, temos tido perdas desnecessárias, que agravaram a estagnação econômica que já se via na cidade. No próximo governo, faremos da geração de emprego uma tarefa central. Para recuperar as perdas e expandir o que existe, e para a abertura de novos negócios, vamos colocar o conhecimento no lugar das preferências políticas e ideologias. Com um Fundo Municipal de Desenvolvimento, Câmara Virtual para o Emprego, incentivo às start-ups, incubação de empresas que tragam inovação e novas tecnologias para nossas empresas.

    Ouça aqui a entrevista em podcast:

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