• Eleições 2020: Tribuna entrevista o pré-candidato a prefeito Marcos Novaes sobre Cultura e Turismo

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  • 06/09/2020 06:00

    Marcos Novaes é pré-candidato a prefeito pelo PDT. É empresário da área de pesquisas. Nasceu em Itajaí, Santa Catarina, e chegou a Petrópolis aos seis anos de idade. Foi alfabetizado no antigo colégio EPA, onde fez também o estudo fundamental. Fez a primeira comunhão no Sagrado e cursou o antigo ensino médio nos colégios Werneck e Opção. Começou a fazer política ainda na época da ditadura. Em 1979, aos 13 anos, participou da fundação do Movimento de Direitos Humanos de Petrópolis, sob a liderança do então frei Leonardo Boff. Foi presidente da APE, presidente da Comdep e vereador por um mandato (2005 a 2008).

    Em Petrópolis as áreas de Cultura e Turismo andaram de mãos dadas durante muitos anos. Evidentemente, elas estão interligadas, mas ao mesmo tempo são independentes  em gestão, objetivos e resultados.  Isso trouxe atraso para os dois setores? Como avançar nos dois segmentos?

    Cultura é escuta, se abrir para o que o outro tem a dizer. Turismo é acolhimento, se abrir para receber o outro. A partir de 2021, vou promover a conexão inovadora entre Cultura e Turismo, a começar pelo fim da separação administrativa, que gera custos e atrapalha alcançar o objetivo principal de ambas: gerar trabalho e renda com variado enriquecimento mútuo entre quem produz e quem recebe. Em 2021 reunirei essas dua áreas na Secretaria da Cultura e do Turismo. Essa conexão vai incrementar nossa capacidade de trabalho nessas áreas; diminuir custos e entraves burocráticos, além de afastar a politicagem.

    O calendário anual de eventos é bem direcionado a atrair turistas, ainda que as atrações também tenham a participação de moradores. O petropolitano, no entanto, cobra mais ações voltadas para a Cultura de forma permanente e não apenas nos chamados “grandes eventos”. Como sua gestão vai lidar com a Cultura?

    Nada está bem direcionado e, muito menos, conectado. A separação entre Cultura e Turismo gerou a rivalidade improdutiva entre “grandes eventos” e “eventos permanentes”, como se os “permanentes” fossem para a população local, e os “grandes” fossem para os turistas. O artista local está esquecido. Falta apoio às manifestações culturais da cidade. Lembrando que cultura não é mero entretenimento. Em 2021 vou conectar aos “grandes” uma distribuição inteligente de “pequenos” eventos quinzenais, promovendo blocos de afinidade, ocupando e atraindo moradores, tanto na zona urbana como na rural, pois a cultura está em toda parte, mas requer vias de acesso.

    Os grandes eventos na cidade movimentariam  cerca de R$ 400 milhões por ano. Comércio e trade turístico seriam os maiores beneficiados. Como fazer com que os grandes eventos aumentem a renda e valorizem as pessoas que vivem do trabalho artístico? Como fazer com que a ascensão do turismo na cidade movimente outras cadeias produtivas?

    A partir de 2021, a Secretaria da Cultura e do Turismo fará a conexão entre as duas áreas, com uma programação que inclua o calendário escolar, o que abrirá oportunidades de trabalho. Abrirei aos interessados as tratativas para a realização de eventos em Audiovisual, Teatro, Escultura, Fotografia, Música, Dança. Juntos, produtores, artistas, e moradores decidirão como planejar, apoiar e divulgar as festas e a cultura dos bairros. Mas sempre distribuindo-as ao longo do ano para que não haja rivalidade entre elas e, sobretudo, para que não se deixe de construir conexões benéficas com o “grande” evento da vez, que também deverá contemplar a produção local. 

    Ouça a entrevista completa em podcast:

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