Eleições 2020: Tribuna entrevista o pré-candidato a prefeito Leandro Azevedo sobre saúde pública
O vereador professor Leandro Azevedo (PSD) foi eleito em 2016, com 2.673 votos. Sargento temporário do Exército, é formado em Educação Física, e Pós-Graduado, com MBA em Gestão Pública, Gestão Escolar e Gestão Esportiva. Dedicado a trabalhos sociais nas comunidades, tem nas áreas de Educação, Esporte e Lazer, Direitos da Criança, do Adolescente e das Mulheres, Saúde e Acessibilidade suas principais bandeiras, assim como a Cultura, Moradia e Habitação, direitos dos rodoviários e transporte público de qualidade.
Hoje, 77% da população de Petrópolis é atendida pelo SUS na Atenção Básica de Saúde. O orçamento da Saúde, somados repasses estaduais e federais é de R$ 345 milhões. As construções de novas unidades de saúde como a da Posse e a de Araras levaram seis anos para serem concluídas, ou seja, atravessaram duas gestões. Como o seu governo vai fazer para acelerar a instalação dos postos de saúde?
Para essas grandes obras, estaremos empenhados na captação de recursos federais e iremos estruturar uma equipe técnica no Departamento de Convênios para a própria elaborar os projetos. Dessa forma, não ficaremos por conta da Secretaria de Obras, que já tem outras funções e estas acabam não sendo priorizadas como deveriam. As UBSs de Araras e Posse são fruto de emendas parlamentares, mas se o município estiver desorganizado, não consegue acessar essas verbas, o que causa atrasos como o que ocorreu.
Do ponto de vista da gestão ainda não foram implantadas, na totalidade, ações como o prontuário eletrônico em todas as unidades e a biometria para controlar a freqüência dos médicos e servidores. A falta de informatização na Saúde é um dos entraves para melhorar o sistema na cidade. Como a sua gestão vai tratar esta deficiência?
A informatização, não só da Saúde, mas de toda a administração pública é necessária e será priorizada. A meta é iniciar o governo expandindo a cobertura e garantir, por exemplo, que de um posto de saúde ou emergência de um hospital o profissional tenha acesso a todo histórico médico do paciente, desde uma simples vacina a grandes cirurgias. Dessa forma estaremos economizando tempo e dinheiro público. É preciso pensar como Cidade Inteligente – Smart Cities.
Pacientes reclamam de demora na marcação de exames e consultas, em especial os pré-operatórios, e também demora na marcação das cirurgias. Há pessoas que já refizeram exames várias vezes porque as cirurgias são sempre adiadas. A pandemia do coronavírus fez a fila pelas cirurgias crescer. Como sua gestão vai colocar um fim às filas para cirurgias?
A única saída é a contratação imediata e temporária de profissionais e estabelecer convênios com clínicas para a realização de mutirões para acelerar as filas de exames e cirurgias. Além de insuficientes, muitos equipamentos estão quebrados, atrasando ainda mais a realização dos procedimentos. É preciso estar atento a todas as verbas, pois muitas emendas parlamentares enviadas por deputados são perdidas por falta de projetos. Quando um novo gestor senta na “cadeira” precisa esquecer as bandeiras partidárias.
Petrópolis vive hoje duas realidades: moradores que entram na justiça para garantir vagas, remédios e cirurgias. Por outro lado, assistem os moradores de outros municípios serem atendidos nas emergências da cidade. E Petrópolis não recebe indenização das cidades de origem dessas pessoas pelo atendimento que foi prestado aqui. Como sua gestão vai resolver os dois problemas?
Está claro que a inoperância de um governo é a causa de tantos mandados judiciais. Por isso é preciso buscar os nossos deputados para assegurar o envio de emendas parlamentares, estreitar conversas com o Estado e União e firmar pactos com os outros municípios para garantir o recebimento dos valores gastos com pacientes de fora da cidade. O SUS é universal, o atendimento não pode ser negado, porém, são necessárias regras mais rígidas e claras para os pacientes de fora da cidade.
Ouça a entrevista completa em podcast: