Eleições 2020: Tribuna entrevista o pré-candidato a prefeito Leandro Azevedo sobre qualidade de vida e bem-estar social
O vereador professor Leandro Azevedo (PSD) foi eleito em 2016, com 2.673 votos. Sargento temporário do Exército, é formado em Educação Física, e Pós-Graduado, com MBA em Gestão Pública, Gestão Escolar e Gestão Esportiva. Dedicado a trabalhos sociais nas comunidades, tem nas áreas de Educação, Esporte e Lazer, Direitos da Criança, do Adolescente e das Mulheres, Saúde e Acessibilidade suas principais bandeiras, assim como a Cultura, Moradia e Habitação, direitos dos rodoviários e transporte público de qualidade.
Qualidade de vida e bem-estar social são considerados fundamentais por gestores de países com progresso avançado. Eles consideram que segurança, trânsito humanizado, soluções sustentáveis e acesso à tecnologia são itens essenciais para o bem estar social. Quais são seus projetos para Petrópolis em qualidade de vida?
Os projetos para o enriquecimento da qualidade de vida de toda a nossa população estarão focados no desenvolvimento e melhoria de todos os setores, desde a Saúde a Assistência Social, Educação, Esportes, Trânsito e Transporte Público eficientes. A meta é garantir o acesso da população a todas as políticas públicas de forma humanizada, pois, só aperfeiçoando essas áreas, será possível proporcionar mais dignidade e melhores condições para o nosso povo. É preciso oferecer uma estrutura urbana organizada.
Maior PIB da região serrana e oitava economia do estado, Petrópolis tem 10 mil pessoas em situação de extrema pobreza segundo o IBGE. Em mais de 3 mil domicílios, os moradores não dispõem de renda ou então recebem apenas benefícios do governo. Pelo menos 8 mil pessoas sobrevivem com renda de R$ 250 por mês. Como a sua gestão vai tirar as pessoas desta situação?
Esses números são inconcebíveis. É preciso começar fazendo uma busca ativa para saber quem são, onde estão e ir ao encontro dessas famílias para garantir a ajuda necessária. Um exemplo é a criação de benefícios municipais de renda mínima, que irá se somar a aqueles já oferecidos pelo Governo Federal, formando uma rede de proteção. Porém, é necessário incluir essas pessoas em programas de geração de emprego e renda, ou seja, motivar e oferecer meios para conseguirem sair da vulnerabilidade e risco social.
Não se pode falar em qualidade de vida e bem-estar social quando há famílias em áreas de risco e Petrópolis é destaque no país com 234 locais propensos a desastres em função das chuvas. São 72 mil pessoas, cerca de 25% da população, vivendo em áreas de risco. Qual será a política habitacional da sua gestão?
Para iniciar qualquer política habitacional, é preciso trabalhar focado no Plano Municipal de Redução de Risco. Buscar o Governo Federal para novos empreendimentos como o Minha Casa, Minha Vida e outros programas habitacionais, promover a regularização fundiária nas comunidades consolidadas e garantir a urbanização delas. Nas áreas não consolidáveis, as famílias precisam ser removidas e incluídas em programas assistenciais, até que novas unidades habitacionais sejam construídas e entregues.
A população de rua em Petrópolis é de cerca de 140 pessoas. Os moradores de rua não estão apenas no Centro histórico, mas também nos bairros. Acolhimento, alimentação e até mesmo atendimento em saúde são oferecidos a essa população. No entanto, a maioria faz uso de drogas, apresenta deficiência mental ou tem falta de capacidade para o trabalho. Qual a sua proposta para reinseri-los na sociedade?
Trataremos a questão conforme as diretrizes do Decreto Federal 7.053/09. Vamos firmar parcerias com instituições sociais, atuando na prevenção com atendimento especializado. Buscar a implantação de novos Centros de Atenção Psicossocial – CAPS e CAPS AD, criar programas que sejam fortemente ativos na capacitação e geração de renda para reinserção dessas pessoas na sociedade. Potencializar os equipamentos existentes, como o Núcleo de Integração Social, Centro Pop, Consultório na Rua, entre outros.
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