• Eleições 2020: Tribuna entrevista o pré-candidato a prefeito Leandro Azevedo sobre mobilidade urbana

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  • 09/08/2020 08:00

    O vereador professor Leandro Azevedo (PSD) foi eleito em 2016, com 2.673 votos. Sargento temporário do Exército, é formado em Educação Física, e Pós-Graduado, com MBA em Gestão Pública, Gestão Escolar e Gestão Esportiva. Dedicado a trabalhos sociais nas comunidades, tem nas áreas de Educação, Esporte e Lazer, Direitos da Criança, do Adolescente e das Mulheres, Saúde e Acessibilidade suas principais bandeiras, assim como a Cultura, Moradia e Habitação, direitos dos rodoviários e transporte público de qualidade.

    As últimas obras estruturais, que interferiram diretamente na mobilidade urbana foram a duplicação da Barão do Rio Branco e da Rua Bingen, na década de 70. Desde então, Petrópolis não teve avanço na sua estrutura viária.  Como sua gestão vai tratar a mobilidade urbana?

    Trataremos com gestão planejada e não apenas no afogadilho, com medidas paliativas. Para isso é necessário uma Secretaria de Planejamento que assegure que as propostas previstas no Planmobi, sejam cumpridas, principalmente porque foi elaborado com participação popular. A ideia é uma gestão voltada para Smart Cities – Cidades Inteligentes, com aplicativos e painéis eletrônicos nas principais vias com informações sobre o trânsito e melhores rotas. Firmar parcerias público privada para a execução de obras.

    Petrópolis tem hoje um Plano de Mobilidade Urbana, o primeiro da cidade e que dá as diretrizes para o setor até 2029.  Qual será sua prioridade na execução do plano de mobilidade? A ausência de melhorias na BR-040, principalmente, a falta nova pista, pode interferir na execução do plano de mobilidade? Como será tratada a questão do estacionamento rotativo e ciclovias?

    A prioridade será cumprir o Planmobi. Os projetos de curto prazo serão iniciados ainda nos primeiros cem dias de Governo, como a requalificação da Rua Paulo Barbosa e outros pontos. A falta de melhorias na BR-040 já interfere, há anos, na nossa mobilidade urbana. A ligação Bingen X Quitandinha, por exemplo, é um desafio, mas é a meta. Todo o contrato com a SinalPark, de estacionamento rotativo, será revisto de forma criteriosa e para as ciclovias, já estamos identificando os locais onde podem ser implantadas.

    As empresas ônibus da cidade reclamam de queda de passageiros, que seria um dos motivos para o preço atual da tarifa. Por outro lado os usuários reclamam de ônibus cheios, filas e poucos  horários. Existe a concorrência do transporte por aplicativo e o fato dos moradores estarem usando mais carros e motos, o que aumenta os gargalos no trânsito. Como equilibrar este cenário e melhorar o trânsito na cidade?

    Só equilibra se tiver um transporte público de qualidade. Por isso seremos rígidos com as empresas e aquelas que não se adequarem, perderão a concessão/permissão. A causa da queda de passageiros é o péssimo serviço prestado. Entendemos que são muitas as gratuidades e não descartamos a hipótese de haver um subsídio, mas a contrapartida das empresas deverá ser altamente satisfatória para atrair o usuário e contribuir, de fato, com a mobilidade urbana. Os benefícios só serão concedidos após as melhorias.

    A mobilidade urbana requer a conservação e modernização das vias da cidade. Nos distritos, há duas situações:  escoamento de produção rural em ruas ainda de terra batida e engarrafamentos nas áreas urbanas por conta dos veranistas e turistas.  Em toda a cidade, de uma forma geral, há cobranças por pavimentação. Como investir em pavimentação e, principalmente, fazer a manutenção das vias com os recursos de orçamento da prefeitura?

    É preciso um grande investimento para melhorias de estradas vicinais, de preferência, com pavimentação. É essa melhoria que dá condição ao produtor rural escoar a produção. Vamos iniciar o governo buscando captar recursos com essa finalidade. A solução dos engarrafamentos esta ligada ao plano de mobilidade, que deve ser executado na integralidade. Hoje, os recursos só permitem manutenção viária. Para isso licitações anuais são fundamentais. Porém, para pavimentação real, é necessário captação de verbas. 

    Ouça a entrevista completa em podcast:

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