Eleições 2020: Tribuna entrevista o pré-candidato a prefeito Jamil Sabrá sobre mobilidade urbana
Jamil Sabrá é pré-candidato pelo PSC. Tem 34 anos e tem dois filhos. Estudou a vida inteira no Colégio Werneck. Formado em administração de empresas pela FGV-RJ, tem especialização em finanças e administração pública. Atuou nove anos no mercado corporativo nas áreas de finanças, consultoria estratégica e terceiro setor. Como vereador, aprovou 25 leis com destaque para o fim da multa da Sinalpark, Produtos Orgânicos na merenda escolar, Lei dos artistas e redução da taxa de religação da Águas do Imperador, além da relatoria da Lei das Microcervejarias.
As últimas obras estruturais, que interferiram diretamente na mobilidade urbana foram a duplicação da Barão do Rio Branco e da Rua Bingen, na década de 70. Desde então, Petrópolis não teve avanço na sua estrutura viária. Como sua gestão vai tratar a mobilidade urbana?
Infraestrutura é a base de qualquer empreendimento. A boa gestão é a força motriz que faz as engrenagens da infraestrutura funcionar. A estrutura viária eficiente leva ao desenvolvimento, gerando uma economia mais forte. Já existe um P.M.U. mas que se não colocado em prática, de nada serve. Empreenderemos esforços para sua implementação, trabalhando junto com a população e os órgãos de preservação do patrimônio histórico e meio ambiente para implementação do projeto que de fluidez ao sistema viário.
Petrópolis tem hoje um Plano de Mobilidade Urbana, o primeiro da cidade e que dá as diretrizes para o setor até 2029. Qual será sua prioridade na execução do plano de mobilidade? A ausência de melhorias na BR-040, principalmente, a falta nova pista, pode interferir na execução do plano de mobilidade? Como será tratada a questão do estacionamento rotativo e ciclovias?
O atual P.M.U. apresenta soluções viáveis sob o ponto de vista técnico, sua elaboração foi requisito obrigatório para que os municípios possam ter acesso aos recursos federais para a sua implantação. Desta forma iremos aplica-lo de forma ordenada afim de que seu desenvolvimento seja progressivo, nele já previsto as ciclovias e acessibilidade, bem como a ligação Bingen x Quitandinha, já projetada faltando coragem para sua implementação. O estacionamento rotativo está calcado num contrato que será reavaliado.
As empresas ônibus da cidade reclamam de queda de passageiros, que seria um dos motivos para o preço atual da tarifa. Por outro lado os usuários reclamam de ônibus cheios, filas e poucos horários. Existe a concorrência do transporte por aplicativo e o fato dos moradores estarem usando mais carros e motos, o que aumenta os gargalos no trânsito. Como equilibrar este cenário e melhorar o trânsito na cidade?
A demanda de passageiros é importante na obtenção da tarifa que custeia o sistema de transporte publico. Hoje esse cálculo e feito mediante um sistema tarifário complexo. Não podemos no momento fazer qualquer tipo de consideração, sem antes ter acesso aos reais números do sistema, bem como a revisão de todos os contratos atuais para que possamos ter uma real transparência fazendo assim os ajustes necessários para a melhoria como um todo.
A mobilidade urbana requer a conservação e modernização das vias da cidade. Nos distritos, há duas situações: escoamento de produção rural em ruas ainda de terra batida e engarrafamentos nas áreas urbanas por conta dos veranistas e turistas. Em toda a cidade, de uma forma geral, há cobranças por pavimentação. Como investir em pavimentação e, principalmente, fazer a manutenção das vias com os recursos de orçamento da prefeitura?
Uma boa gestão pública é aquela que utiliza a totalidade de seus recursos orçamentários na aplicação eficiente e necessária a melhoria de vida da população e seu ambiente. O P.M.U. é requisito para que o município tenha acesso aos recursos do orçamento geral da União. De forma ordenada daremos inicio ao projeto em conjunto com a implementação e adequação do plano de saneamento básico previsto no novo marco legal. Com planejamento e gestão é possível obter resultados positivos.
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