• Eleições 2020: Tribuna entrevista o pré-candidato a prefeito Elias Montes sobre saúde pública

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  • 16/08/2020 11:00

    Elias Montes tem 53 anos e é pré-candidato pelo PSL. É natural de Petrópolis, do bairro Roseiral. Mora em Cascatinha. Casado com a professora Márcia, pai de Clara e Larissa Viana. Cristão praticante, defensor dos valores da família, respeitador da diversidade de modos de vida que se enquadrem nas normas de boa convivência e na obediência às leis do país. Começou aos 13 anos como operário metalúrgico e trabalhou na GE-Celma. É Bacharel em Direito pela Estácio e diplomado na Escola Superior de Guerra em Políticas Estratégicas. Aposentou-se na Polícia Rodoviária Federal, onde chefiou a atual 6ª Delegacia, Região Serrana. É amante do esporte e faixa preta de jiu jitsu segundo grau.

    Hoje, 77% da população de Petrópolis é atendida pelo SUS na Atenção Básica de Saúde. O orçamento da Saúde, somados repasses estaduais e federais é de R$ 345 milhões. As construções de novas unidades de saúde como a da Posse e a de Araras levaram seis anos para serem concluídas, ou seja, atravessaram duas gestões. Como o seu governo vai fazer para acelerar a instalação dos postos de saúde?

    Quando falamos de obra pública, devemos pensar em projeto+licitação+acompanha- mento para garantir a lisura e eficácia dos investimentos realizados pelo poder público. As licitações devem ser transparentes, além da fiscalização dos serviços contratados, para cumprimento do prazo e certificação da qualidade da obra entregue, ainda no curso da construção. Temos o compromisso de fazer as unidades existentes funcionarem com todo seu potencial. É preciso orientar a instalação de equipamentos de saúde pública por critérios técnicos e não políticos. Iremos coibir os desperdícios como houve na UPA de Itaipava, com o pagamento de um ano de aluguel pelo imóvel fechado. 

    Do ponto de vista da gestão ainda não foram implantadas, na totalidade, ações como o prontuário eletrônico em todas as unidades e a biometria para controlar a frequência dos médicos e servidores. A falta de informatização na Saúde é um dos entraves para melhorar o sistema na cidade. Como a sua gestão vai tratar esta deficiência?

    A falta de TI é um problema não só na Secretaria de Saúde, mas em todos os demais setores da Prefeitura. E, veja que a tecnologia não só se paga pela economia que gera, como traz superávit. Ou seja, sobra dinheiro para outras prioridades! É fundamental que os processos sejam integrados para maior eficiência e transparência no gasto do dinheiro público, trazendo mais conforto para os cidadãos. Temos um centro tecnológico espetacular em nossa cidade, o LNCC, e muitas empresas da área de TI com excelente nível técnico/profissional representadas pelo Serratec. Teremos o suporte necessário para trazer toda a administração municipal para o século XXI. 

    Pacientes reclamam de demora na marcação de exames e consultas, em especial os pré-operatórios, e também demora na marcação das cirurgias. Há pessoas que já refizeram exames várias vezes porque as cirurgias são sempre adiadas. A pandemia do coronavírus fez a fila pelas cirurgias crescer. Como sua gestão vai colocar um fim às filas para cirurgias?

    As filas para cirurgias nos acompanham há muito tempo e o setor de média complexidade (exames) é o gargalo do sistema de saúde. Um pequeno nódulo que ficar aguardando a mamografia por meses, pode desenvolver um tumor cujo tratamento será muito mais difícil. Vamos tornar eficiente o setor de média complexidade a curto prazo. Em caráter emergencial, é preciso que os exames sejam realizados por critério de urgência e não por ordem de chegada como é hoje e, é possível buscar parcerias para zerar a fila por exames usando o período ocioso da rede privada. Um Serviço Social ativo nas unidades de saúde, junto às famílias, também ajudaria na diminuição das judicializações.

    Petrópolis vive hoje duas realidades: moradores que entram na justiça para garantir vagas, remédios e cirurgias. Por outro lado, assistem aos moradores de outros municípios serem atendidos nas emergências da cidade. E Petrópolis não recebe indenização das cidades de origem dessas pessoas pelo atendimento que foi prestado aqui. Como sua gestão vai resolver os dois problemas?

    A carência de vagas para cirurgias, exames e remédios é consequência da falta de gestão. Aqueles que judicializam, o fazem por necessidade ou por não acreditarem na lisura da fila. Quanto aos moradores de outras cidades, O SUS é universal, portanto, não se pode negar atendimento a ninguém. Veja que 60% dos gastos do hospital de Areal é com os petropolitanos residentes na Posse. Mas, há um caminho político já implementado em outras regiões que equaliza esse problema e melhora muito a qualidade do serviço entregue ao cidadão. Passa pela implantação da tecnologia agregado a estratégia política entre os municípios geograficamente afetados. 

    Ouça a entrevista completa em podcast:

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