• Eleições 2020: Tribuna entrevista o pré-candidato a prefeito Eduardo Silvério sobre mobilidade urbana

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  • 09/08/2020 08:00

    Eduardo Silvério é pré-candidato a prefeito pelo Partido Podemos. É natural de Petrópolis, filho da Sra. Marlene Silvério e do Sr. Nelson Silvério. Casado com Elaine Agassis, pai de 3 filhos e 4 netos. Empresário no ramo imobiliário há 33 anos. Em sua experiência pública, ele foi gestor do núcleo administrativo da Secretaria de Administração e RH da prefeitura de Petrópolis, gestor do núcleo da procuradoria geral do município de Petrópolis e trabalhou na organização da primeira eleição do conselho tutelar. Atualmente é conselheiro efetivo e segundo secretário do CRECI-RJ.

    As últimas obras estruturais, que interferiram diretamente na mobilidade urbana foram a duplicação da Barão do Rio Branco e da Rua Bingen, na década de 70. Desde então, Petrópolis não teve avanço na sua estrutura viária.  Como sua gestão vai tratar a mobilidade urbana?

    Na verdade, também tivemos no final da década de 80 o fim da mão dupla na Rua Teresa, contribuindo com o transito, porém sem gastos para o município nesta intervenção. E assim vemos soluções a serem estudadas para uma melhor mobilidade sem maiores gastos. Devemos levar em conta a possibilidade de coletivos do tipo VLT; zero de poluição, não só como alternativa turística, mas também de mobilidade, diminuindo assim os coletivos do centro, minimizando os engarrafamentos. Tudo através de estudos comprovados e ampla discussão com a sociedade.

    Petrópolis tem hoje um Plano de Mobilidade Urbana, o primeiro da cidade e que dá as diretrizes para o setor até 2029.  Qual será sua prioridade na execução do plano de mobilidade? A ausência de melhorias na BR-040, principalmente, a falta nova pista, pode interferir na execução do plano de mobilidade? Como será tratada a questão do estacionamento rotativo e ciclovias?

    Com base na Lei Federal 12.587 e no Dec. municipal, e nos preceitos do Plano de Mobilidade Urbana, em que o Gestor Público tem que fazer a mobilidade funcionar com a inclusão social; sustentabilidade ao meio ambiente; gestão participativa e democratização do espaço público. Sem dúvidas a BR 040 facilitará e muito a questão da mobilidade urbana, principalmente com a ligação Bingen X Quitandinha. Os Rotativos serão cobrados nas áreas Centrais e de carências de vagas; diretamente pela CPTRANS e as Ciclovias terão um incentivo maior do nosso governo, porém diminuindo riscos.

    As empresas ônibus da cidade reclamam de queda de passageiros, que seria um dos motivos para o preço atual da tarifa. Por outro lado os usuários reclamam de ônibus cheios, filas e poucos  horários. Existe a concorrência do transporte por aplicativo e o fato dos moradores estarem  usando mais carros e motos, o que aumenta os gargalos no trânsito. Como equilibrar este cenário e melhorar o trânsito na cidade?

    Com relação aos APP, não vejo como recuar, pois o transporte público se reinventa ou estarão fadados ao extermínio de suas funções. Trazendo novidades do tipo VLT, transporte limpo, seguro e de massa, que poderá ajudar as próprias empresas de coletivos. Então, se conseguindo fazer um transporte de massa mais eficaz e econômico teremos durante muito tempo uma cidade mais sustentável em seu meio ambiente e uma mobilidade urbana humanizada, assim, todos sairíamos vencedores neste projeto, porém muito viável a nossa cidade, por vários aspectos, dentre ele o turístico.

    A mobilidade urbana requer a conservação e modernização das vias da cidade. Nos distritos, há duas situações:  escoamento de produção rural em ruas  ainda de terra batida e engarrafamentos nas áreas urbanas por conta dos veranistas e turistas.  Em toda a cidade, de uma forma geral, há cobranças por pavimentação. Como investir em pavimentação e, principalmente, fazer a manutenção das vias com os recursos de orçamento da prefeitura?

    Sem sombras de dúvidas os desafios são muitos, porém acreditamos que enxugando a máquina e atuando administrativamente como o bem público requer, conseguiremos grandes avanços, observando nossos acertos e erros do passado, poderemos construir um futuro melhor. Porque disso, quando vejo que o ex-prefeito Paulo Rattes, sempre na vanguarda de seu tempo, duplicou as vias Bingen e Barão do Rio Branco e nos brindou ainda com uma usina de asfalto, hoje abandonada no tempo e que iremos ativá-la, gerando emprego e renda, além das manutenções viárias que teremos de enfrentar.

    Ouça a entrevista completa em podcast:

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